Já bastante utilizado em procedimentos cirúrgicos de alta performance e precisão nos grandes centros mundiais de saúde, o equipamento foi disponibilizado para contribuir com o profissional médico na realização de procedimentos menos invasivos e que exigem maior precisão.

As quatro primeiras cirurgias foram realizadas entre os dias 23 e 24 de março, no Hospital Santa Izabel, pelo Chefe do Departamento de Cirurgia e Coordenador do Grupo de Tumores Urológicos, Dr. Eduardo Café, médico responsável pelo tratamento de mais de dois mil pacientes com câncer de próstata no HSI.

As próximas cirurgias acontecerão neste sábado (30), às 7h e 16h, no Hospital Santa Izabel.

O robô possui quatro braços e punhos flexíveis. Um dos braços da máquina carrega a câmera e, os outros ficam livres para portar instrumentos cirúrgicos como pinças, tesouras e bisturi. A cirurgia é guiada pelas imagens da câmera introduzida no paciente e exibidas em 3D em uma cabine de controle, de onde o médico comanda todo o processo. À medida em que o cirurgião move as mãos e os dedos, o robô reproduz seus movimentos no corpo do paciente.

Para o provedor da Santa Casa da Bahia, Roberto Sá Menezes, a instalação do Da Vinci faz parte de uma série de ações que a Santa Casa está executando no Santa Izabel a fim de crescer sustentavelmente, combinando excelência médica, acolhimento, tradição e inovação. “Com mais este salto tecnológico, buscamos também colaborar com o desenvolvimento científico da ciência e tecnologia na Bahia e corresponder à crescente expectativa de nossos pacientes, corpo clínico, colaboradores e parceiros”, afirmou o provedor. Entre os benefícios proporcionados pela utilização do robô, estão maior conforto para o cirurgião, maior nitidez e percepção de profundidade, evitando a necessidade de abrir o abdômen ou tórax do paciente, menos riscos quando comparados a procedimentos mais complexos, cortes menores e tempo de recuperação mais rápido. Além da otimização de tempo: por exemplo, laparoscopias convencionais duram entre 2 e 3 horas; com o robô, pode ser realizada em até uma hora.

Na avaliação do superintendente de Saúde da Santa Casa, Robério Almeida, o investimento realizado pela instituição permite um avanço significativo no tratamento das doenças de diversas especialidades e na qualificação do corpo médico. “Esta é uma ferramenta positiva tanto para o médico, que pode contar com um equipamento no qual tem maior precisão de movimentos, como também para o paciente, que não precisará mais se deslocar para outra cidade, nem arcar com os gastos que esta viagem poderia lhe custar”, afirmou.

Mais precisão – Indicado para cirurgias que envolvam alto detalhamento anatômico ou realizadas em pequenos espaços e cavidades, o Da Vinci costuma ser utilizado em procedimentos urológicos e gastrológicos, mas também pode contribuir com diversos tipos de cirurgias.

Para evitar intercorrências técnicas durante os procedimentos, o robô possui sistema de segurança avançado. Ele não realiza nenhuma ação se o médico não estiver com a cabeça fixa no visor. A máquina também não toma qualquer atitude sozinha, pois reage apenas aos comandos do cirurgião.

Estima-se que mais de quatro milhões de procedimentos já foram realizados com o uso de robôs Da Vinci. Apenas nos Estados Unidos, mais de 90% de todas as prostatectomias radicais e até 40% das histerectomias são feitas por robótica.

Certificação -Vale destacar que a fabricante do equipamento exige que os médicos e demais membros de sua equipe passem por um intenso treinamento prévio que qualifica-os a usarem o robô. Após o curso, eles permanecem sendo acompanhados durante dez procedimentos até ganharem autonomia para utilizar o equipamento.