Com a finalização das obras de requalificação da estrutura do Solar do Unhão, a música da JAM no MAM volta a soar na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia no próximo dia 27 de julho, quando a banda Geleia Solar fará uma homenagem ao cantor e compositor João Gilberto, que faleceu esse mês no Rio de Janeiro. Antes, porém, a abertura da noite contará com a participação do Santini & Trio, grupo baiano de música instrumental autoral que acaba de voltar de uma turnê por Portugal. Essa edição da JAM no MAM é mais uma vez financiada pelo seu público através da campanha FÃ da JAM e tem apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia. Os ingressos online já podem ser adquiridos no link https://tinyurl.com/JAMsantini.

Os primeiros acordes da noite serão dados às 18h, quando Rony Santini (guitarra acústica), Rogério Ferrer (acordeon e piano), Flaviano Gallo (bateria) e Anderson Silva (contrabaixo elétrico) mostrarão ao público da JAM uma parte do show “Santini & Trio circulando”, com o qual estiveram nas cidades de Cascais, Ansião, Sintra, Coimbra, e Lisboa no inicio de julho. O repertório traz composições autorais de jazz influenciadas por ritmos como o ijexá, o samba, samba de roda a bossa nova, além de composições de João Donato, Tom Jobim, Caetano Veloso e Luis Gonzaga. Essa será a segunda participação do grupo feirense na JAM no MAM. Em 2017 o Santini & Trio trouxe para o projeto uma parte do show que lhes garantiu o destaque no Prêmio Caymmi daquele ano – vencedor nas categorias melhor banda e melhor instrumentista (Flavia no Gallo).

Depois da abertura, claro, a banda Geleia Solar assumirá seu posto de anfitriã para mais uma jam session única no Solar do Unhão, cuja área onde a JAM acontece voltou à sua configuração original depois das obras, com mais espaço para o público. Uma parte do repertório da banda será dedicada à obra do cantor e compositor João Gilberto, grande referência para os músicos da JAM. “João será sempre o rei do cool, o cara que inventou a arte de se fazer arte sem gritar”, lembra Ivan Huol, diretor artístico da JAM no MAM, que admite a forte influência da bossa nova e da discografia de João Gilberto na brasilidade com que o jazz é pensado – e executado – nas jam sessions baianas. “Com o CD ‘O Mito’ reaprendi a tocar bossa nova, sempre imaginando que, se um dia fosse tocar com ele, teria que ser a partir da essência do que chamo de silêncio sonoro, sabendo que nada poderia ser melhor que o próprio João e seu violão”.