No Brasil, de acordo com dados coletados por pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, seis milhões de crianças estão com sobrepeso. Dentro do grupo analisado, 15% são crianças com até 5 anos; e 31% estão na faixa de 5 a 9 anos; ou seja, a obesidade que já é conhecida como um problema de saúde pública global, pode trazer consequências ainda maiores para as crianças. Doenças que eram características de adultos, estão acontecendo com mais frequência nos menores, o que pode resultar em uma redução na qualidade de vida, mas também no adoecimento e na mortalidade precoce. “A obesidade aumenta o risco de doenças crônicas surgirem precocemente, como diabetes, distúrbios de sono, hipertensão e até alguns tipos de câncer”, explica Danillo Santana, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.
Infelizmente, a obesidade infantil está atrelada a diversos fatores. A pandemia ajudou a piorar um quadro que já era ruim. Com o distanciamento social, e o isolamento dentro de casa, o ganho de peso foi impulsionado pela falta de movimentação, exercícios físicos, interação com outras crianças, o que aumentou, e muito, o tempo em frente ao computador, tablet e celular. Segundo um estudo divulgado pela SuperAwesome (empresa americana de tecnologia em mídia digital), foi revelado que crianças entre 6 e 12 anos passaram cerca de 50% do tempo de quarentena em frente às telas. “Mesmo que as coisas ainda não tenham voltado à normalidade total, os pais devem estimular os filhos a gastar energia e a deixar um pouco de lado os eletrônicos. Dá pra pular corda, fazer polichinelo, subir escada. E se for realizar alguma atividade fora de casa, que oriente e incentive o uso da máscara e do álcool, mas permita que seus filhos se movimentem”, finaliza Danillo. Outro fator que vale observar é a alimentação dessas crianças. Revisar a lista de compras da família deve ser prioridade no momento. Se não tiver doces e alimentos processados em casa, as crianças não comerão.