Depois do sucesso que fez em março passado, quando abriu a programação musical da JAM no MAM numa noite concorrida, a banda Panteras Negras volta a tocar no projeto no próximo dia 25 de maio, dividindo mais uma vez com o público da JAM o minimalismo pulsante que caracteriza o seu som. A banda instrumental formada só por mulheres negras começará sua performance às 18h. Depois será a vez da Geleia Solar, banda base da JAM no MAM, subir ao palco para tocar junto com o grupo convidado e, claro, receber os artistas interessados em participar da jam session da noite, aberta a músicos profissionais ou em formação que tenham na improvisação o seu foco principal – ou que estejam familiarizados com a abordagem jazzística proposta pelo projeto. A JAM no MAM desse sábado é financiada pelo seu público através da campanha FÃ da JAM e tem apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Para essa segunda apresentação na JAM as Panteras Negras estão preparando uma performance diferente: Suyá Nascimento (guitarra), Line Santana (bateria), Dedê Fatuma (percussão) e Zinha Franco (baixo) subirão ao palco junto a outras artistas convidadas, cujos nomes estão sendo guardados como uma surpresa para o público. Elas interpretarão um repertório autoral que inclui músicas como “Nzinga”, “Charlote”, “Lúcia de Logun” e “Maria Bonita”, misturando referências diversas a partir de estruturas rítmicas e harmônicas que dialogam com a música afro, afoxés, samba reggae e composições afro cubanas.
“As Panteras Negras são uma grande demonstração de como pode ser plural a cena instrumental, onde a fruição do som se expressa de maneira diversa. Seus mantras remetem a um clima contemplativo/dançante, destilando com muito estilo um repertório popular, sofisticado, regional e, ao mesmo tempo, universal, quando misturam as africanidades brasileiras, caribenhas e estadunidenses”, comenta Ivan Huol, diretor artístico da JAM no MAM. Zinha Franco, artista que também responde pela produção do grupo, lembra que o público do projeto foi extremamente receptivo a cada momento da apresentação, destacando também a riqueza da troca entre a banda e os músicos da Geleia Solar: “Foi bem bacana ouvir os sopros e demais instrumentos que não compõe a formação original interagindo”.