A Companhia de Dança Deborah Colker apresenta a nova versão do espetáculo “Nó”, dias 25 e 26 de julho, às 21h, na Sala Principal do Teatro Castro Alves. “Nó” é um marco na trajetória de Deborah Colker.
As sessões em Salvador trazem transformações na cenografia e trilha sonora. As mudanças aplicadas refletem o amadurecimento dos últimos 13 anos da companhia. Os estudos da coreógrafa sobre tempo e espaço deram margem a diferentes montagens, tais como: Velox (1995), Rota (1997), Casa (1999) e 4 Por 4 (2002) – Segundo Deborah Colker “Para mergulhar naquilo que vê como a tragédia e a complexidade dos impulsos, o tema de Nó é o desejo”.
Ainda segundo Deborah Colker, “O corpo é o lugar do desejo e ele erotiza quando dança. Agora, 13 anos após a estreia, é que me sinto mais segura para fazer alterações. Nó tem essa liberdade”.
O primeiro ato de “Nó” começa com uma árvore no centro do palco. São 120 cordas representando laços afetivos. Os bailarinos as soltam aos poucos, até que se assemelhem a uma floresta. Eles se valem de técnicas como a bandage – o uso de cordas para controle da dor e do prazer. “No primeiro duo, o homem amarra a mulher por escolha dela. Dominação e submissão estão presentes na consciência plena de ambos. Não há liberdade sem dor, não há prazer sem consciência”, afirma Deborah, que tem o irmão, Flavio Colker, na codireção.
No segundo ato, a companhia dança dentro e em torno de uma grande caixa transparente criada por Gringo Cardia, diretor de arte. Se as cordas apontam para a natureza, a caixa evoca o mundo urbano. “O desejo e os enigmas começam no corpo e saltam para fora da forma que conseguem”, diz Deborah.
Na trilha sonora da primeira parte, além de criações de Berna Ceppas e Kassin, há trechos de Ravel e Alice Coltrane. Na segunda estão preciosidades como “My One and Only Love”, com Chet Baker; “Coisa Nº 9”, de Moacir Santos; e “Preciso Aprender a Ser Só”, de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, na voz de Elizeth Cardoso.
Os figurinos, que transmitem erotismo e também delicadeza, são do estilista Alexandre Herchcovitch. A iluminação é de Jorginho de Carvalho, parceiro de longa data de Deborah. A direção de produção é de João Elias, fundador da companhia.
Enquanto seu mais recente espetáculo, Cão Sem Plumas (2017), viaja pelo Brasil e pelo mundo, Deborah Colker, cuja companhia conta com o patrocínio da Petrobras desde 1995, revisita uma coreografia lançada em 2005, na Alemanha, a qual ela não remonta desde 2012, até sua reestreia no ano passado, em Minas Gerais e São Paulo.
O último espetáculo da Cia Deborah Colker, Cão Sem Plumas, retrata a relação do homem com o meio ambiente e a dura poesia do Nordeste, embora possa ser encenada em qualquer lugar. “Este espetáculo me dilacerou, me esvaziou. Senti a necessidade de voltar ao Nó, rever o lugar onde minhas perguntas e angústias começaram a mudar. Eu tinha certeza de que não havia feito tudo o que precisava com Nó”, declara Deborah.
As sessões em Salvador serão produzidas pela Caderno 2 Produções, com apoio cultural da Petrobras e apoio de mídia da Rede Bahia, TVE e Educadora FM. Os bilhetes das filas A a Z custam R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia). Nas filas Z1 a Z11 R$ 75 (inteira) e R$ 37,50 (meia). Os ingressos estão à venda nas bilheterias do TCA e postos do SAC dos Shoppings Barra e Bela Vista, além do site Ingresso Rápido.