O leite materno é o primeiro alimento que consumimos quando chegamos ao mundo, é indispensável para a manutenção da saúde, para a prevenção de doenças e para estreitar a relação entre a mãe e o bebê. A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês sejam alimentados apenas com leite materno até os seis meses de vida. No entanto, de acordo com um levantamento realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), isso só acontece com 40% das crianças brasileiras. Para incentivar e estimular a amamentação, nasceu em 2017 o Agosto Dourado. A campanha foi criada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) a partir da semana do aleitamento materno, que aconteceu de 1 a 7 do mesmo mês.
O leite materno é o único alimento que contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e doenças, sendo fundamental para reduzir o índice de mortalidade infantil, explica ginecologista e uma das sócias da Clínica EMEG Cristina Sá. “Além de colaborar para a formação do sistema imunológico da criança, prevenir alergias, obesidade e intolerância ao glúten, o leite materno contém uma molécula chamada PSTI, responsável por proteger e reparar o intestino delicado dos recém-nascidos, combatendo vírus e bactérias do trato gastrointestinal”. O colostro, que é o primeiro leite, com coloração amarelada, ocorre até o sexto dia após o parto e é o responsável pela primeira imunização do bebê refletindo até na fase adulta. Depois do colostro, o leite se torna mais esbranquiçado e é produzido em maior quantidade. “Esse deve ser o único alimento do bebê até o seis meses de idade”, sugere Cristina.