Doenças conhecidas como diabetes e hipertensão têm sido apontadas pela Organização Mundial da Saúde como fatores de risco para o agravamento da Covid-19, o que demonstra ainda mais a importância de cuidar e prevenir essas condições crônicas. Uma forma de fazer isso é estar atento ao tamanho da circunferência abdominal.

A fisioterapeuta da Clínica Osmilto Brandão Mariana Barata explica que o tamanho dessa região é um dos principais indicadores hoje levados em conta na hora de avaliar maior ou menor probabilidade a doenças cardiovasculares e outras comorbidades. “Os limites hoje de referência são até 88 cm para mulheres e até 102 cm para homens. Ultrapassando esses valores, os riscos são maiores”, informa.

Para ficar de olho e monitorar regularmente esses números, a pessoa pode usar uma fita métrica e realizar a medição na altura do umbigo. A especialista destaca também que a circunferência abdominal está relacionada à quantidade de gordura presente na região e que existem dois tipos de gordura: a visceral e a subcutânea.

A primeira é a mais nociva e se acumula nas camadas mais profundas do abdômen, em torno dos órgãos. A segunda está localizada logo abaixo da pele. Para ajudar a reduzir a quantidade de gordura na região, Mariana conta que existem hoje alguns tratamentos disponíveis, não invasivos, e que devem estar atrelados a um estilo de vida saudável, com orientação profissional, dieta balanceada e prática regular de atividade física.

A fisioterapeuta da Clínica Osmilto Brandão explica também que os tratamentos em sua grande maioria agem sobre a gordura subcutânea, que é mais superficial. “No entanto a redução da gordura localizada ajuda a diminuir o tamanho da circunferência abdominal e consequentemente o risco de doenças”, afirma Mariana e acrescenta. “Diminuir essa quantidade de gordura é mais do que um aspecto estético, é uma questão de saúde”.