Depois de longos meses em queda, o turismo brasileiro dá sinais de melhora. De acordo com uma pesquisa realizada pela Cielo em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor teve alta de 28% em setembro – com faturamento de R$12,8 bilhões – em comparação a agosto. Para se ter uma ideia, o número é três vezes maior do que o registro em abril de 2020. Por segmento, as áreas de hospedagem e alimentação registraram o maior volume de vendas em setembro, cerca de R$ 8,53 bilhões.

Muitas vezes subestimado, o setor de Turismo responde por cerca de 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) e emprega cerca de 7 milhões de pessoas direta e indiretamente no Brasil. “O setor foi gravemente afetado pela crise. A mescla das restrições com a diminuição da demanda fez com que os serviços fossem reduzidos de uma forma sem precedentes”, comenta a pesquisadora Isabel Grimm, que faz parte de um grupo de pesquisa Turismo e Sociedade, encabeçado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pelo ISAE Escola de Negócios.

Segundo Grimm, a reestrutura das áreas turísticas e os investimentos em segurança epidemiológica em todo o mundo passaram a receber investimentos e maior controle, já visualizando que os protocolos de saúde se tornarão permanentes. Essa preocupação tem alcançado resultados positivos para o setor. “Os turistas estão aderindo novos hábitos de viagem, buscando por experiências mais próximas ao seu entorno, com forte tendência ao turismo doméstico e regional”, destaca.