Estima-se que de 5% a 7% dos brasileiros – entre 10,5 a 15 milhões de pessoas, aproximadamente – sejam veganos. Com uma filosofia que visa excluir, na medida do possível e praticável, toda forma de exploração de animais, muitas dessas pessoas encontravam dificuldades para adquirir cosméticos que atendessem a esse objetivo. Foi com esse propósito que empreendedores de Curitiba (PR) resolveram lançar, em novembro de 2019, uma nova opção para o segmento: a Verdê Cosméticos (www.verdecosmeticos.com.br), e-commerce que realiza curadoria de produtos para pessoas que buscam itens mais naturais, sustentáveis e que respeitem os animais, como maquiagens, itens de cuidados para a pele, cabelo, higiene pessoal, entre outros.
Já em agosto do ano passado, a startup deu mais um passo e criou também outro e-commerce, a Verdê Kids (www.verdekids.com.br), destinada aos pais e crianças, com um viés mais sustentável: caso de fraldas ecológicas e brinquedos veganos. “Nós somos veganos, mas queremos atrair todas as pessoas que tenham interesse em proteger os animais, com atitudes e compras que beneficiem sua saúde ou o planeta, olhando para isso sem preconceitos. Queremos nos tornar referência para essas pessoas, podendo fazer suas compras em um lugar só”, explica Mariana Alves, uma das sócias-fundadoras da startup.
Os dois negócios surgiram de uma necessidade de Mariana e de seu sócio, Johny Dallasuanna. Ambos adotaram a filosofia vegana e estavam cansados de ler rótulos, tentando descobrir quais produtos seguiam efetivamente as diretrizes. “Por não poder confiar muito no que se vê nas prateleiras, entendemos que seria interessante ter uma loja para comprar com confiança”, explica Mariana. De acordo com Dallasuanna, a curadoria elimina produtos que sejam ligados a grandes marcas, que tenham se envolvido com exploração animal – ainda que o produto em si possa ser considerado vegano. “Nós somos bem minuciosos, como um filtro para quem compra. Nós entendemos quais marcas se encaixam em nosso perfil. Se o produto não tem nada de origem animal, mas a empresa patrocina rodeios ou desfiles de moda com peles, ele não vai entrar em nossa loja”, explica.