Mais do que um ato simbólico e representativo, a iluminação do prédio da Câmara Municipal com as cores do arco-íris, nesta segunda-feira (28), significou um marco e uma grande conquista para a comunidade LGBTQIAP+. A ação, realizada pela Câmara Municipal de Salvador, em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, caracteriza-se como um avanço na luta do movimento ao enfrentamento a LGBTQIAPfobia, por visibilidade e por direitos. A iluminação com as cores do arco-íris ficará em evidência até quarta-feira (30).
Essa é a primeira vez que a Câmara ilumina sua faixada com as cores do movimento LGBTQIAP+. O ato representativo é uma conquista dos movimentos sociais por mais visibilidade a pauta em mês tão importante da luta, que reivindica os 52 anos da Rebelião de Stonewall. A mandata das pretas com a presença das Co-vereadoras, assessores e apoiadores marcaram presença na atividade e comemoram a conquista representativa na casa que deveria ser ocupada pelo povo.
“Hoje na Sessão da Câmara falei sobre o meu orgulho de ser a única vereadora assumidamente LBGT, mas também falei da dor da minha história. Somos uma Mandata que carrega diversidade em seu próprio corpo e o nosso gabinete e totalmente diverso. Para nós não é só a perspectiva de cota e nem de garantir que se tenha uma voz. É muito além disso: é sobre colocar, na prática da política institucional e da ocupação de poder, a diversidade que a gente carrega em nossos corpos. Parece pouco essas luzes, mas não é: é sobre a nossa existência, luta e resistência. Precisamos debater o Estatuto da Diversidade, mas é preciso incluir a educação de gênero porque não dá mais para a gente não entender a importância de discutir gênero nas escolas”, disse a co-vereadora da Mandata, Laina Crisóstomo.
“Hoje estamos creditando aqui uma atitude pública que demonstra que a gente existe. É sobre o direito ao amor que é um instrumento de luta, mas é também um instrumento que precisa ser normalizado. Quando se fala em diversidade sexual, as pessoas não entendam o amor como algo que é normal e é o nosso direito e direito civil, não é privilégio”, incrementou a co-vereadora Gleide Davis.