A Roberto Alban Galeria apresenta, a partir do dia 4 de setembro, a primeira exposição individual da artista paulista Célia Euvaldo na Bahia. Amplamente conhecida por suas pinturas em preto e branco, realizadas ao longo de mais de três décadas, a artista mostra um conjunto inédito de trabalhos em que explora a presença da cor, dando continuidade a uma pesquisa iniciada em 2016. A galeria estará aberta para visitação de 4 de setembro até o dia 16 de outubro. A exposição também poderá ser vista de modo virtual pelo site da galeria (www.robertoalbangaleria.com.br),
Pintora e desenhista, Célia Euvaldo marca um importante período da arte contemporânea brasileira, participando de mostras como a 7ª Bienal Internacional de Pintura de Cuenca, no Equador, em 2001, e da 5ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, em 2005, e realizando individuais em instituições como a Pinacoteca do Estado de São Paulo (intitulada “Brancos”, em 2006), Instituto Tomie Ohtake, em 2013, entre outras. No âmbito internacional, a artista participa da mostra coletiva “Cut, Folded, Pressed & Other Actions” na David Zwirner Gallery, em Nova York, em 2016.
A partir de meados dos anos 1980, Célia Euvaldo investiga, majoritariamente no campo da pintura, as relações entre gesto e matéria. Suas telas de grande formato exploram as múltiplas possibilidades da relação entre o branco e o preto, em uma fatura marcada pela riqueza de texturas, nuances e gestualidade
A dimensão física do seu próprio corpo na realização de seus trabalhos é um dos aspectos fundamentais como chave de leitura para a compreensão da produção artística de Celia Euvaldo. Suas telas são fortemente marcadas pela relação entre seu corpo e a escala do quadro, revelando – em camadas insuspeitadas e mesmo surpreendentes – a presença do gesto como força motriz e fundamental em sua criação.
“Um aspecto do meu trabalho é a presença do gesto. Mas não me refiro ao gesto expressivo, impulsivo, de descarga emocional. É o gesto em si, ou melhor dizendo, o esforço, a energia do gesto. Para isso, as dimensões grandes são essenciais. Isso vem desde meus trabalhos mais antigos, de 30 anos atrás”, afirma a artista.