Todos os anos, no mês de junho, é celebrado o Dia Mundial da Fertilidade. A data tem como objetivo chamar a atenção para as pessoas com dificuldades em ter filhos biológicos, como também para os avanços da medicina que atualmente ajudam muitas mulheres e homens a realizarem o seu desejo de serem mães e pais. A infertilidade atinge em torno de 15% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em números, são entre 50 e 80 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estima-se que 8 milhões sofram com o problema. Ou seja, um a cada cinco casais tem dificuldade para engravidar e precisa de ajuda especializada. “Os índices são alarmantes e faz com que muita gente simplesmente desista do sonho ou imagine que ser infértil é algo comum. Mas é importante que se investigue o que está causando essa situação. Com o avanço da medicina reprodutiva e da tecnologia, muitos casos são possíveis de reverter ou tratar, de modo que o casal possa seguir com o tão sonhado crescimento da família”, explica a especialista em reprodução humana, Dra. Isa Rocha, médica da Cínica IVI Salvador.
É considerado infértil, o casal que já tenta engravidar sem o uso de métodos contraceptivos há mais de um ano, e não obtém sucesso. Mas não precisa entrar em pânico! Ao detectar dificuldade em engravidar, é importante procurar um médico especialista, pois os números crescentes de sucesso em tratamentos de reprodução assistida têm sido um alento aos pacientes. E nem sempre a gravidez não acontece por causa da mulher. As causas dessa doença estão distribuídas igualmente entre homens e mulheres (por volta de 35% cada), além de um percentual referente à infertilidade sem causa aparente. Com dados tão alarmantes, é bastante comum ver alguém comentar sobre um caso de infertilidade. Mas o problema não deve ser motivo para desistir do sonho de ter um filho. Por isso, o mês de junho é tão importante para a conscientização a respeito dessa doença, que em muitos casos tem cura, principalmente por meio dos avanços da medicina reprodutiva.
O avanço das técnicas na medicina reprodutiva tem trazido alívio a pessoas que sofrem com infertilidade. Um levantamento realizado no IVI Salvador mostra que entre 2018 e 2019, a eficácia de fertilizações com óvulo próprio foi de 40,29% no primeiro tratamento. No Segundo, sobe para 58,2%. Já no terceiro, o índice chega a 69,73%. A análise PGT, Teste Genético Pré-Implantacional é um dos fatores que colabora muito no sucesso da Fertilização In Vitro (FIV). É um processo que identifica os embriões com alto potencial de implantação através da análise dos genes e cromossomos.
As técnicas de reprodução assistida se mostram um alento não só a casais que detectam a infertilidade. É sempre bom lembrar que elas também são uma opção a casais homoafetivos e a mulheres ou homens que pretendem realizar uma maternidade/paternidade independente.