Qual o último show de uma pessoa trans você viu? Consegue lembrar? Sabemos que o talento nunca esteve em falta, mas por que tantos palcos seguem sem apresentar diversidade para travestis e pessoas trans binárias e não binárias? Para colaborar com a visibilidade desses artistas, Beats acaba de assumir o compromisso do Palco Beats , uma iniciativa que vai bancar o cachê de artistas maiores de 25 anos selecionades em palcos de diferentes casas de shows espalhadas pelo Brasil, com o objetivo de ampliar a voz dessa geração de artistas e levar cultura para os quatro cantos do país.
A logística é simples – os locais que desejarem receber artistas trans em seus eventos devem entrar nas redes sociais de Beats (@beatsoficial) e preencher o formulário de inscrição. Artistas a partir de 25 anos também podem fazer o mesmo, em um outro formulário para o recebimento de talentos. Para ajudar na conexão dos espaços e destes artistas, a [DIVERSITY BBOX] Consultoria (negócio social voltado para a promoção de Diversidade, Equidade e Inclusão em empresas e instituições) e o Instituto [SSEX BBOX] entram com a curadoria do projeto, e Beats com o pagamento do cachê para realização dos shows que forem selecionados.
“Não existe justiça social sem justiça econômica e dar esse acesso aos palcos para comunidade artística Trans é peça central da discussão sobre inclusão, equidade e o sobre futuro do trabalho”, explica Pri Bertucci, pessoa trans não binária, idealizadore da Marcha do Orgulho Trans, CEO da [DIVERSITY BBOX], consultoria especializada em diversidade e equidade e fundadore do Instituto [SSEX BBOX].
“Apostar na diversidade é um dever. Beats é a marca de todas as festas e o Palco Beats foi a maneira que encontramos de trazer talento, diversidade e curtição para nosso público. Nosso desejo é atuar como uma vitrine literal para os talentos e potências que sabemos que existem na comunidade trans, colaborando, desta forma, não somente com a expansão da agenda cultural no nosso país mas, principalmente, na amplificação destas vozes incríveis, em palcos que estejam abertos para recebê-las, conta Thayná Duarte, Coordenadora de Inteligência Cultural de Future Beverages na Ambev. “Neste ano começamos o projeto com o apoio a Marcha do Orgulho Trans e temos muitas novidades pela frente, não vamos parar por aqui!”, completa.
Quem embarcou com Beats nessa história, foi a artista indicada duas vezes ao Grammy Latino e mulher trans Raquel Virgínia. “Apoiar a cena artística trans é uma aposta certa. O talento que essa comunidade traz é notório. Precisamos apoiar a diversidade também em cima dos palcos. O que estamos fazendo é levar talento para diferentes pessoas”, ressalta a artista.