Estreada em 2017, a “Biblioteca de Dança”, criação de Jorge Alencar e Neto Machado, segue sua bem-sucedida jornada Brasil afora. Dois novos destinos estão na rota próxima: a cidade de Itajaí, em Santa Catarina, onde participam da 7ª edição do Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha no dia 29 de julho, e o Rio de Janeiro, no qual circulam por cinco unidades do Sesc RJ entre 4 e 12 de agosto. Nesta instalação coreográfica, artistas da dança conversam com o público, corpo a corpo, compartilhando coreografias a que assistiram e que marcaram suas vidas. A cada cidade visitada, a biblioteca é composta por novos artistas-volumes, histórias e danças, enquanto um espaço feito para reunir ficção, história, teoria e poesia. Além de Salvador, a obra já esteve em São Paulo, Campinas, Brasília, Florianópolis, Curitiba e na Alemanha, e também já recebeu adaptação em vídeo e em podcast durante a pandemia.
Cada participante é como um livro vivo que está disponível, como (e em) uma biblioteca, por algumas horas, possibilitando que o público acesse seus capítulos e diferentes “contações dançantes de história”, por quanto tempo deseje, de modo íntimo e relacional. Como se documenta dança com o próprio corpo? Como coreografar histórias a partir de afetos? Como ir além da “história oficial” produzindo conhecimento coletivamente? O que pode uma obra de arte na vida de uma pessoa? Com palavras, gestos, objetos e movimentos, artistas põem em relevo a capacidade de criações artísticas atravessarem a vida de alguém.