“Dona da Casa nasce para reverenciar quem me abençoou e me guiou até aqui”. Assim Mariene de Castro define seu novo show, que estreia no dia 08 de dezembro (domingo), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, às 19h, com ingressos à venda no Sympla — https://bileto.sympla.com.br/event/100624/d/288678/s/1968155. A data escolhida tem um motivo: são celebradas neste dia Nossa Senhora da Conceição, na Igreja Católica, e Oxum, no Candomblé — “Dona da minha cabeça, a Dona da Casa”, explica Mariene.

O repertório reúne os sambas consagrados na voz da cantora baiana, de compositores como Roberto Mendes, com quem ela segue em turnê nacional com o show “Maria da Canção”. A proposta é celebrar a cultura popular, as sambadeiras e as rodas de samba do Recôncavo.

“Dona da Casa são as sambadeiras, as mulheres ribeirinhas que labutam pelo sustento de sua casa e ainda assim colocam suas saias rodadas e sambam com o riso escancarado e aberto, com seu canto esganiçado de labor. Dona da Casa reverencia as rodas de samba do Recôncavo (…). Celebra nossa ancestralidade, a história construída pelos nossos antepassados, por Edith do Prato, por Rita da Barquinha, por Nicinha, por Dona Dalva Damiana, Mestra Aurinda do Prato, e tantas outras mulheres que, através do samba de roda, resgatam e eternizam a história afro-indígena brasileira”, conta.

Mariene de Castro despontou no cenário musical brasileiro identificada como uma força da natureza. Roque Ferreira — seu conterrâneo e um dos compositores preferidos da cantora — intuiu certa vez que Mariene nunca subia ao palco sozinha: alguma força superior entrava com ela em cena e impregnava sua música. Nascida em Salvador, a cantora consegue unir em seu repertório diferentes matizes do samba. A carreira versátil a fez atuar como atriz, na novela Velho Chico, da Rede Globo, além de ter marcado presença em eventos importantes do calendário nacional, como o encerramento das Olimpíadas Rio 2016.

foto de Karina Zambrana