A infertilidade já atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são aproximadamente 278 mil casais. Ela pode ter múltiplas causas, entre elas as obstruções nas trompas, que são responsáveis por uma média de 11% dos casos femininos. Nesse contexto, um exame simples, realizado em ambiente ambulatorial, permite identificar esse tipo de obstrução, além de malformações uterinas, aderências e pólipos, fatores que prejudicam a fecundação natural. É a histerossalpingografia (HSG) o exame radiológico que avalia o útero e as trompas de falópio, ganha destaque no diagnóstico da infertilidade feminina. De baixa complexidade, o exame demora apenas de 15 a 30 minutos, mas é crucial para os diagnósticos. Através da injeção de contraste iodado e radiografias, o médico avalia a permeabilidade das trompas e a integridade da cavidade uterina. A sensibilidade chega a 94,4% e especificidade a 91,6% para detecção de pólipos uterinos, conforme estudo comparativo com ultrassonografia, reforçando sua precisão diagnóstica. “A histerossalpingografia é um exame fundamental na avaliação da fertilidade feminina. Ela oferece informações valiosas. Em muitos casos, traçamos um plano mais eficaz para ajudar a mulher a engravidar, tendo base nos resultados deste exame”, explica o Dr. Agnaldo Viana, do IVI Salvador.
Esse exame de imagem, realizado por radiografia, tem o objetivo de avaliar a cavidade uterina e verificar se as trompas de falópio estão desobstruídas. Essa análise é essencial para entender se há condições anatômicas que podem dificultar a fecundação, como obstruções ou malformações. O exame deve ser realizado entre o 6º e o 12º dia do ciclo menstrual para maior segurança, evitando exposição em caso de gravidez. Após o exame, podem surgir cólicas leves, pequenos sangramentos e corrimentos, sintomas comuns e transitórios. Raramente ocorre infecção. Recomenda-se aguardar de 24 a 48 horas antes de retomar relações sexuais.
A HSG não substitui tratamentos de reprodução, indicados quando há obstrução bilateral ou outras alterações. A partir do resultado do exame, os especialistas em reprodução assistida podem desenvolver um plano de tratamento mais assertivo para a mulher. Se a causa da infertilidade for reversível, corrigi-la e voltar às tentativas de gravidez naturais. Se for irreversível, dar andamento com alguma técnica como a Fertilização In Vitro (FIV).

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