A ATeliê voadOR ocupará às sextas-feiras do Cabaré dos Novos, no Teatro Vila Velha, nos meses de julho e agosto a partir do próximo dia 12 de julho com o espetáculo “Cabaré Vibrátil”, criação colaborativa livremente inspirada no conceito de “corpo vibrátil”, de Suely Rolnik. Inspirada na estética dos cabarés alemães, em Brecht e Weill, os atores-cantores Duda Woyda, Leandro Villa e Talis Castro, acompanhados por uma banda feminina composta por Roberta Dantas, Poliana Coelho, Luísa Santos, Ingrid Steinhagen e Maira Lins, executam ao vivo músicas do cancioneiro queer.
“Cabaré Vibrátil” é uma peça-festa, que leva o público a se comover, divertir, refletir e interagir com os atores em cena, fazendo estranhar o regime exclusivo de representação identitária fechada em si mesma e abrindo o leque da explosão da diversidade e também da sexualidade. Com muito charme e sedução, a ideia do autor e diretor Djalma Thürler é de celebrar o Cabaré dos Novos como um espaço festivo de encontros.
A cada noite “Cabaré Vibrátil” receberá convidados especiais. Já estão confirmados nomes como os cantores Tito Bahiense, JP Castelhano, Cláudia Cunha e Dão. Vale antecipar que, o Cabaré Vibrátil é um teatro de variedades, com palco aberto para participações de médicos, atores, atrizes, performances, poetas, dançarinos, entre outros.
Com corpos fluídos e questionadores, Duda Woyda, Leandro Villa e Talis Castro vão transformar o palco do Cabaré dos Novos em um espaço para reflexões e diversões. “Cabaré Vibrátil será um ponto de encontro para cantar, dançar e pensar. Para quem gosta, teremos bebidas no bar. Tudo isso, regado a um pouco de erotismo. Algumas músicas e textos são extraídos do Almanak Caralhal, de 1881, com arranjos de Roberta Dantas”, conta Thürler, que aproveita para agradecer a toda equipe técnica que “colou” de forma colaborativa.
Djalma Thürler aproveita para comunicar que o Cabaré Vibrátil é o início da comemoração dos seus 25 anos de carreira no Teatro. Ele antecipa que, em 2020, junto com a Ateliê voadOR, estreará dois novos espetáculos: O príncipe de Arquimedes, de Josep Maria Miró; e Da filosofia como modo superior de dar o cu, texto inspirado em artigo de Paul B. Preciado.
Em leitura dramática ocorrida em 2018, no Campi da Universidade Federal da Bahia (UFBA), este segundo texto foi alvo de retaliação pública e Djalma Thürler foi ameaçado de morte. “Para garantir minha segurança, prestei queixa na Polícia Federal”, conta o diretor artístico da Ateliê voadOR, que também é professor da UFBA.