Depois do sucesso da estreia mundial do espetáculo “O Balé Que Você Não Vê”, o Balé Folclórico da Bahia (BFB) volta ao palco principal do Teatro Castro Alves (TCA), nos dias 3 e 4 de fevereiro, às 21 horas, para mais duas apresentações em Salvador. No palco, a companhia de dança afro-baiana vai apresentar três coreografias novas – Bolero, de Carlos Durval; Okan de Nildinha Fonseca e 2-3-8 de Slim Mello e, do repertório clássico do grupo, Afixirê, coreografia reconhecida internacionalmente e criada por Rosângela Silvestre. A direção geral do espetáculo é de Vavá Botelho e a direção artística de José Carlos Arandiba (Zebrinha). “A reestreia é uma oportunidade única para quem não conseguiu ver o espetáculo em novembro. Em breve, esperamos que a companhia retome suas turnês pelo mundo”, declara Vavá Botelho, fundador e diretor geral do BFB.

No fim de novembro, a companhia de dança afro-brasileira estreou o espetáculo “O Balé Que Você Não Vê” em curta temporada com três dias de casa lotada no TCA. As apresentações integraram a primeira edição do Festival Balé Folclórico da Bahia, que incluiu também uma ampla programação com oficinas socioeducativas – artísticas e técnicas – e exposição da trajetória de 34 anos do Balé.

A nova montagem é inspirada na luta diária de uma companhia profissional para se manter, tanto financeira como tecnicamente. Além de toda preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro, os bailarinos da companhia não aprendem apenas dança afro-brasileira, eles recebem preparação para dança clássica, dança moderna e contemporânea. “É um trabalho árduo e permanente”, conta Vavá Botelho, fundador e diretor geral da companhia. “Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”, afirma.

Durante o espetáculo, também haverá uma intervenção da cantora Maria Bethânia, em áudio, declamando o poema Mandato de Despejo aos Mandarins do Mundo, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.

Para as três novas coreografias, o cenário terá projeção em vídeo criado pelo VJ Gabiru; Na coreografia Bolero, Adriano Passos também assina o cenário. Em Afixirê, o artista Alberto Pitta é o responsável pelo cenário. Os figurinos das coreografias Okan e Bolero são assinados por Maurício Martins e os adereços por Luis Claudio Vasconcelos. Já a coreografia 2-3-8 tem figurinos e adereços da Grife Meninos Rei. Em Afixirê, os figurinos e adereços são assinados por Antônio das Graças, Ninho Reis e Vavá Botelho. A iluminação cênica das coreografias Okan e Bolero é de Irma Vidal; Já a iluminação de 2-3-8 fica por conta de Gerard Laffuste; E a coreografia Afixirê tem a iluminação de Antônio Marcos Souza.