No dia 12 de dezembro (quinta-feira) a cantora baiana Vânia Abreu se apresenta em Salvador. A artista realiza show inédito na Concha Acústica a partir das 19h em comemoração aos 20 anos do CD ‘Seio da Bahia’ e recebe como convidados os cantores Gerônimo, Jau, Saulo e sua irmã Daniela Mercury. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do TCA, SAC’s dos Shoppings Barra e Bela Vista e através do site Ingresso Rápido. Lançado em 1999 pela Velas/Universal, o disco projetou Vânia nacionalmente e rendeu elogios de crítica e público. No palco, estará acompanhada por cinco músicos e uma orquestra de cordas com direção musical do Maestro e pianista João Cristal. O espetáculo mistura canções do álbum e sucessos repaginados de grandes cancioneiros da música brasileira que a influenciaram. O show atravessa o repertório do CD, entrecortando-o com outras canções que vão dando o sentido de lugar de pertencimento. “O show trata de rever o álbum, num momento político de desumanização, disfarçado de um novo nacionalismo. Quero falar do lugar, como território emocional, não como um espaço folclórico de tribos. De como a Bahia é para mim, o coração do Brasil. A arte expõe a alma de quem somos e é por ela que precisamos nos rever, nos achar de novo e achar um caminho para o futuro.” explica a cantora.
Das canções gravadas em Seio da Bahia estão previstas para o show, a faixa título, que com arranjo inédito será lançado em single nas plataformas digitais no final de novembro e, Mais de Mim de Marcelo Quintanilha, Sangue Latino (João Ricardo e Paulinho Mendonça), Voz Guia (Roberto Mendes e Jorge Portugal), Conto de Areia (Romildo Bastos e Toninho), Nena Jacira e Dodô (Gerônimo), além de Migrou, de Chico César, Dó de Mim, de Péri. São destaques do CD Pra Mim, de 1997 e Pra Falar de Amor, de Tenison Del Rey e Paulo Vascon e Alcaçuz de Chico César do CD Eu sou a Multidão, de 2003. Bem ou Mal, de Maurício Gaetani, gravada em 1995, no álbum de estreia, nunca pode faltar no repertório.
Outro destaque, é o single Meu Sotaque, produzido por Toni Duarte com participação de Davi Moraes e lançado em 2018, sobre um episódio de intolerância vivenciado pela própria cantora e transformado em música. “Em uma discussão num espaço público, uma pessoa percebeu que meu sotaque era diferente do dela, perguntou de onde eu era e começou a me ofender. Meu lugar de origem foi relacionado a todos os problemas de São Paulo” comenta. A composição é de Marcelo Quintanilha, marido da cantora, que escreveu a música como resposta à xenofobia e a esse lugar de estranhamento das diferenças culturais/étnicas que é vivido por muitas pessoas.