A corrida de rua é um dos esportes mais democráticos que existem, não por coincidência seu número de adeptos aumenta a cada ano. Além de não exigir uma estrutura específica nem grandes investimentos financeiros, a prática promove o bem estar da saúde física, contribui para o manejo da ansiedade e do estresse e favorece a interação social.
Com a liberação de grandes eventos e a flexibilização das medidas de prevenção contra Covid, as corridas de ruas estão voltando com força ao calendário esportivo de Salvador, são mais de seis provas agendadas só no próximo mês. As distâncias variam, sendo a menor de 5 km, passando por 21 km e indo até a distância desafiadora de uma maratona, 42 km.
Apesar de democrática, a prática exige cuidado redobrado, já que realizar movimentos repetitivos sem orientação ou de forma inadequada pode ocasionar diversas lesões. Tanto profissionais com foco em premiações quanto amadores em busca de superação pessoal, devem fortalecer a musculatura para praticar o esporte com segurança, explica o fisioterapeuta Alan Dantas, do Núcleo de Fisioterapia Cuidar.
“Os fisioterapeutas consideram o corpo como uma unidade mecânica que se autossustenta. Quando a pessoa decide correr ela é submetida a uma sobrecarga e uma atividade repetitiva de impacto, então ela precisa de uma sustentação adequada, que é dada pela sua estrutura óssea-muscular”.
Ou seja, não se deve começar a correr de uma hora pra outra, principalmente pessoas que se encontram em condições ergonômicas desfavoráveis, que já convivem com algum vício de postura ou que realizam trabalho administrativo e permanecem muito tempo em uma mesma posição. As lesões mais comuns, segundo o fisioterapeuta, acometem principalmente joelhos, tornozelos, quadril e pés.