O grupo de teatro Finos Trapos realiza em Salvador uma curta temporada do rito-espetáculo “Labirinto – Rios de Dentro”, onde a atriz Danielle Rosa, da Cia Oficina Uzyna Uzona (SP), faz uma reflexão poética sobre memória e ficcionalização da vida, para dividir com o público processos, sonhos e ritos vividos por uma artista até se tornar uma atriz profissional. A montagem tem direção do diretor Thiago Carvalho e marca as comemorações dos 21 de atuação na Bahia no Finos Trapos (do qual Danielle e Thiago são membros fundadores).

“Labirinto – Rios de Dentro” fica em cartaz no Espaço Xisto Bahia de 25 de julho a 3 de agosto, sempre de quinta a sábado, às 19h. Os ingressos custam R$ 25,00 (inteira) e R$ 12,50 (meia) e podem ser adquiridos na plataforma Sympla ou na bilheteria do teatro (no dia das sessões). Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. A Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Em cena, Danielle Rosa mescla música, poesia e teatro para construir a figura de uma poeta que narra um livro vivo da “sua própria personagem”, com o qual constrói e confronta, junto com o público, as reminiscências de memórias reais. Cada pessoa presente é convocada então a examinar ativamente questões referentes ao risco da cena e ao processo de ficcionalização da vida, transformando “Labirinto – Rios de Dentro” num jogo de narrativas capaz de aproximar experiências e pesquisas da atriz a vivências cotidianas do público.

A ideia da montagem surgiu durante os processos de pesquisa sistematizados do Mestrado feito por Danielle Rosa na Unesp (SP). Partindo da produção de novas práticas de registros e poéticas vocais, sua pesquisa evoluiu para uma reflexão sobre a função da voz e da ficcionalização da memória na encenação de narrativas pessoais. E agora ganha corpo, voz e forma em Salvador graças ao edital da Lei Paulo Gustavo Lia da Silveira, que proporciona, além das sessões em si, uma série de ações relacionadas à criação, formação e reflexão deste rito-espetáculo.

Serão realizados três ensaios abertos para escolas públicas de Salvador, um intercâmbio com artistas da voz da Bahia, a criação de artigos e uma mesa-redonda no dia 6 de agosto, às 14h, quando a equipe da montagem dividirá com outras pesquisadoras da voz da cena baiana as vivências de criação do rito-espetáculo. Todas as agendas e ações serão divulgadas nas redes sociais da atriz Danielle Rosa: @rosadeeros

foto Jai Tai