Cerca de 15 mil novos casos de câncer de boca devem ser identificados, no Brasil, a cada ano, até 2022, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. O INCA informou também que mais de 6.600 brasileiros foram a óbito em decorrência da doença, em 2019, e, embora as estatísticas coloquem o Câncer de Boca entre os 10 tipos de câncer com maior incidência, no país, – representando ainda 12% das causas de morte no mundo – o diagnóstico tardio ainda é um complicador.
Por isso – aponta a dentista Candice Belchior – o autocuidado em saúde bucal, a prevenção aos fatores de risco e atenção a alterações nos lábios, gengiva, dentes e cavidade oral, como um todo, são fundamentais. “A cavidade oral tem diversas estruturas e isso até confunde um pouco as pessoas, porque a gente tem lábio, bochecha, língua, dentes. Alterações relacionadas ao câncer de boca são muito sutis, até mesmo indolores. De uma forma geral, as pessoas precisam ficar atentas a feridas, machucado que não cicatriza, úlcera que está difícil de cicatrizar, manchas brancas ou avermelhadas, inchaço, edema, caroço, cistos. No primeiro momento, o paciente, percebendo qualquer alteração, deve procurar o dentista”, orienta Candice Belchior, mestre em ortodontia e doutoranda em odontologia pela Universidade Federal da Bahia.