No próximo dia 13 de julho (domingo), a Casa de Castro Alves, na Rua do Passo, 52, Santo Antôniono Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador, abre suas portas para o lançamento oficial do Movimento IRUN, idealizado pela estilista e designer de joias Márcia Ganem. Reconhecida internacionalmente por seu trabalho que une moda, sustentabilidade e cultura popular, Márcia propõe, com o IRUN, uma plataforma de ações que articula arte, ancestralidade e sustentabilidade como caminhos de transformação coletiva.
Inspirado na palavra tupinambá “Irun” — que significa “irmão” ou “companheiro” —, o movimento nasce para fortalecer redes culturais, promover formações, exposições, giras de saberes, feiras, saraus e shows. Tudo isso a partir da Casa de Castro Alves, centro cultural fundado por Márcia no casarão histórico onde viveu o poeta baiano. Com o Movimento IRUN, Márcia reafirma seu compromisso com a criação como ato coletivo e com o território como fonte de inovação viva.
A abertura oficial do Movimento Irun começa às 14h, com a gira de saber ritual da Comunidade Bantu Indígena, Caxuté com Mameto Kafurengá, seguido do lançamento dos cursos de três cursos formativos: Design Dialógico, Permacultura Urbana e Cidadania Cultural.
Às 17h haverá a vernissage da Exposição IRUN, que reúne obras fotográficas, rituais e oralidades de povos originários, afrodescendentes, comunidades de terreiro e culturas caboclas. A mostra propõe um espaço de encontro entre cosmogonias diversas, resistência e práticas sustentáveis.
Encerrando a noite, às 19h, a cantora Irma Ferreira apresenta o pocket show “Cantos de Òrìṣà”, acompanhada pelo violonista Ruan de Souza, em uma celebração sonora de reverência ao sagrado e às heranças afro-brasileiras.
Entenda o IRUN – Estruturado em ciclos comunitários, o IRUN atua de forma contínua e participativa, conectando ancestralidade, inovação social e sustentabilidade.
Cada ciclo do IRUN é dedicado a uma comunidade específica e se desenvolve ao longo de cinco fases integradas:
• 1º ciclo: Comunidade Caxuté e Terreiros Angola do Baixo Sul da Bahia
• 2º ciclo: Rendeiras de Saubara (Recôncavo Baiano)
• 3º ciclo: Assentamento Terra Vista e Rede Teia dos Povos
• 4º ciclo: Grupos culturais comunitários da Região Metropolitana de Salvador
Nestas comunidades serão realizadas várias ações, começando com um trabalho de reconhecimento das identidades locais e da memória coletiva, com exposições temáticas; formação participativa, com cursos de Permacultura Urbana e Cidadania Cultural; Giras de Saberes, vivências com mestres e mestras de diversas tradições; materialização Cultural, com feiras, festas e roteiros afetivos; e celebração em rede, encontros que promovem trocas entre comunidades, artistas e parceiros.
A força do IRUN está em sua metodologia original, o Design Dialógico — um processo de escuta ativa e co-criação, que parte dos saberes locais para propor soluções sustentáveis, promover autonomia e ampliar o acesso às políticas públicas. Esse modelo promove inclusão, inovação social e a valorização de patrimônios imateriais.
O projeto Movimento IRUN foi contemplado nos editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal. A iniciativa é também contemplada pela Política Nacional Cultura Viva.

Foto Divulgação Assessoria