Em janeiro de 2020, um caroço grande e vermelho surgiu no pescoço da pequena Isabella Quinane. Preocupada, sua mãe, a dona de casa Jaqueline Santos, 37, levou a filha a um hospital de Serra do Ramalho, para investigar. Foi quando descobriram que a menina tinha um tumor no abdômen e que ela precisava ser encaminhada para Salvador.
“Aqui, em Salvador, descobriram que minha filha precisava de um transplante de medula óssea. No começo cogitaram mandar a gente ir para outro estado, mas seria longe de tudo, da família, sem falar no custo”, explica a mãe. Todas as dificuldades citadas por ela foram evitadas porque Jaqueline pôde fazer o transplante no Hospital Martagão Gesteira.
Desde outubro do ano passado, o Martagão passou a realizar transplantes de medula óssea (TMO) em crianças. No estado, pelo SUS, a instituição é a única a fazer esse tipo de procedimento na faixa etária pediátrica.
“Foi uma sensação de alívio poder fazer no Martagão, por estar mais perto da família, poder ter ajuda dos parentes. Minha esperança é de ela já estar curada e continuar assim. Eu ainda tenho outro filho, de dez anos. Desde que viemos para Salvador, não vejo ele. Sinto muita saudade”, acrescenta a dona de casa, que mora com os dois filhos em Bom Jesus da Lapa.
Isabella, que tem neuroblastoma no estágio IV, fez o TMO no final do mês de novembro e tem reagido bem, segundo a oncopediatra do Martagão Natália Borges, especialista na área. A menina é a 10ª paciente beneficiada com o serviço médico, desde o início do programa de TMO do Martagão. Ela recebeu alta nesta terça-feira (7) e continuará sendo atendida no hospital, para dar seguimento ao tratamento.