Receber o diagnóstico de câncer de mama é um dos momentos mais difíceis da vida de uma mulher. Graças às pesquisas, os avanços na medicina vêm contribuindo muito para a cura ou o controle da doença, especialmente quando o diagnóstico é precoce. Contudo, efeitos cruéis das intervenções durante a terapia ainda continuam trazendo consigo como grave sequela, a falência precoce dos ovários.
Com o câncer atingindo cada vez mais os jovens, em idades férteis, fica o alerta. É necessário cuidar da preservação da fertilidade durante o tratamento da doença. Já são oferecidas técnicas que permitem que as mulheres em tratamento do câncer, consigam se tornarem mães futuramente. Muitas que são acometidas pelo câncer de mama têm receio que, após a conclusão do tratamento, a gravidez não seja indicada.
Mas essa questão, bastante difundida antes, já foi contestada por pesquisas científicas. Por conta disso, o IVI Salvador promove o “Programa Proteger”, que é voltado para pacientes oncológicas. O programa vem para reforçar toda a mobilização da campanha mundial “Outubro Rosa”. O Proteger é um programa de responsabilidade social da Ferring Pharmaceuticals (empresa biofarmacêutica), em parceria com o IVI Salvador. Ele visa preservar a fertilidade das pacientes em tratamento contra o câncer. O objetivo é ajudar essas pacientes antes que elas enfrentem a batalha de quimioterapia, radioterapia ou tratamento cirúrgico.
A FerringPharmaceuticals oferece gratuitamente a sua linha de produtos específicos para estimulação ovariana às participantes do Programa Proteger. Menopur e Gonapeptyl são alguns deles. A finalidade é de ajudar e acelerar o início da pré-extração dos óvulos, evitando perder tempo. Nesses casos, o tempo é elemento crucial. Para participar do programa é necessário cumprir alguns requisitos. Ser mulher entre 18 e 40 anos e residir no Brasil. Ter um diagnóstico de câncer. Ainda não ter começado o tratamento contra o câncer e tampouco não ter realizado quimioterapia nos últimos seis meses. Além disso, o oncologista deve determinar se a preservação da fertilidade é apropriada.
Após análise desses requisitos, a mulher segue para uma consulta com um médico especializado em reprodução. Depois, a paciente será apresentada ao programa onde o benefício será não precisar pagar pela medicação fornecida pelo laboratório.
Vale lembrar que a preservação da fertilidade precisa ser feita antes de iniciar o tratamento contra o câncer de mama. E, cada caso é um caso, o melhor a fazer é conversar com um médico. Entender os riscos do tratamento e saber das possibilidades de preservação da fertilidade assim que for feito o diagnóstico. A especialista em reprodução humana Dra. Genevieve Coelho, Diretora Médica da IVI Salvador, explica que são analisados fatores como idade e tipo do tumor. Outras análises envolvem o protocolo de radioterapia/quimioterapia utilizado e o tempo disponível antes destes para definir qual técnica será utilizada.