“Não existe razão que o samba não vença”. Isso é o que defende o sambista Batatinha em Pra Todo Efeito, música composta em parceria com Lula Carvalho. Essa e outras canções dão o tom do musical “Sua Excelência Oscar da Penha, o Batatinha”, inspirado na obra e nos temas do repertório do baiano. O projeto tem estreia no dia 11 de julho (domingo), online, no Novo Vila Virtual – https://www.youtube.com/user/teatrovilavelha a partir das 19h. Os ingressos custam R$10, R$20 e R$30 e podem ser comprados no https://www.sympla.com.br/produtor/vilavelha. Depois da estreia, o musical será apresentado ainda nos dias 18 e 25 de julho e 1º de agosto, ao vivo.

Em cena, Diogo Lopes Filho atua no espetáculo virtual dirigido por Márcio Meirelles, com texto de Fábio Espírito Santo e direção musical de Jarbas Bittencourt. O projeto é realizado pela Via Press Comunicação, com direção geral de Elaine Hazin, e por Paula Hazin. O roteiro parte dos caminhos do sambista baiano e suas composições gravadas por vários artistas da MPB. Diogo Lopes Filho é acompanhado por uma banda ao vivo formada por Vanessa Melo, Duarte Velloso e Arthur Oliveira.

Gráfico de profissão e sambista nas horas vagas, Oscar da Penha ganhou o apelido de Batatinha em um programa de rádio, quando foi apresentado dessa forma por Antônio Maria. Em seus sambas, temas recorrentes como melancolia, sofrimento e Carnaval atestam a versatilidade criativa de Batatinha e ganham espaço no musical, que investe em uma viagem pelo repertório do músico. Diretor do espetáculo, Márcio Meirelles explica que não há a intenção de ver Diogo Lopes Filho representando Batatinha, mas trazer um olhar sobre o mundo a partir de uma perspectiva do sambista, através da sua vida e obra, com base nas suas letras e depoimentos e entrevistas: “Acho que é mais música do que texto, ou seja, a música é o texto. É uma parte significativa da peça. Por isso que eu falo que não é sobre ele, é dele. É falar através dele. O texto pinça fragmentos biográficos dele e autobiográficos, evidentemente, de todos nós, pois quando estamos falando dele estamos falando da gente na verdade”.

Ator e cantor em cena, Diogo Lopes Filho reforça que no palco a ideia não é cantar como Batatinha ou reproduzir o seu gestual. A realização de um projeto que prestasse uma homenagem à Batatinha é um sonho antigo de Diogo. “A ideia surgiu depois de um convite para interpretar um cantor, pianista e compositor cubano, Bola de Nieve. Eu gostei da ideia mas pensei que se fosse para fazer um artista negro, eu queria fazer Batatinha, porque eu me identifico muito poética e melodicamente com ele. Acho lindo o trabalho dele”, conta.

Realizadora do projeto, Paula Hazin comenta que, ao prestar uma homenagem ao sambista, o projeto ajuda a divulgar a sua obra: “Batatinha é um compositor incrível, com um repertório que remete a sensações diversas. Fizemos uma seleção muito especial das músicas, que falam também de temas universais, que qualquer um pode se identificar”.

“Sua excelência Oscar da Penha, o Batatinha” tem realização de Paula Hazin e Via Press Comunicação, com apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.