A paternidade solo já é uma realidade nos dias atuais. Faz algum tempo que a configuração das famílias era predominantemente: um pai, uma mãe e os filhos. Com o decorrer dos anos, muitas famílias passaram a ser chefiadas por mulheres, que por algum motivo não podem contar com os pais das crianças. Ou por casais homoafetivos, que cada dia mais estão realizando o sonho de ter filhos. Ou ainda por homens, que querem ser pais independente de ter uma companheira, quando ocorre a chamada paternidade solo. “O número de casos de produções independentes tem crescido bastante. A reprodução assistida tem contribuído para as mais variadas formas de família na atualidade, até mesmo para a maternidade ou paternidade solo”, conta o especialista do IVI Salvador, Dr. Agnaldo Viana.

As chamadas famílias monoparentais adquiriram a possibilidade de exercer o direito de ter um filho sem necessariamente ter um parceiro ou parceira. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), tanto homens quanto mulheres podem recorrer à reprodução assistida para alcançar esse objetivo. Vale atentar que, no Brasil, a barriga de aluguel é considerada ilegal, de acordo com a Constituição, pela lei de transplantes (9434/97 artigo 15), que diz que é proibida a venda de órgãos, tecidos e partes do corpo. No país, a prática também é vedada pelo Conselho Federal de Medicina. Portanto, não é permitido que haja nenhum tipo de recompensa financeira para a mulher que cede o seu útero para gerar o filho para produção independente.

Nesses casos, a chamada “barriga solidária” precisa ser, a princípio, de uma mulher que tenha parentesco de até 4° grau (mãe, irmã, avó, filha, sobrinha, tia ou prima) com o futuro pai solo. Isso porque as autoridades entendem que nestas situações, não vai haver relação financeira entre as partes; já que a barriga de aluguel é proibida.

A estabilidade financeira alcançada e a ausência de um(a) parceiro(a) ideal. Esses são os principais motivos que levam os homens a terem seus filhos “sozinhos”. Entretanto, o apoio da família e uma avaliação psicológica criteriosa podem auxiliar nessa jornada. O importante mesmo nesse processo será o amor que irá surgir entre o pai e a criança e a família que eles formam juntos.