O sol está em Leão e amanhã, Caetano Veloso, um dos mais célebres artistas da história da música mundial faz aniversário. Por isso, Rico Ayade resolveu homenagear seu ídolo máximo com o EP “Tropicaê – Rico canta Caetano”. O álbum chega nesta hoje, através da Believe com 4 faixas: Cajuína, Coração Vagabundo, Um índio e O leãozinho. A última ganhou clipe sexy e colorido rodado na Praia de Cumuruxatiba, no sul da Bahia. O figurino – uma sunga amarela – faz alusão à capa do álbum Araçá Azul e à canção Cor Amarela.
Caetano sempre esteve presente na vida do cantor e compositor criado em Jequié (BA). “Cresci ouvindo e me inspirando em suas letras. Vivi Caetano no teatro musical no Rio e tenho uma ligação muito forte com sua arte e com a sua história. Sem contar que sua obra é atemporal, é tão viva hoje quanto era ontem, e certamente será amanhã”, acredita Rico.
Rico revela que foi muito difícil escolher apenas quatro canções de Caetano para o projeto. “Este trabalho tem um cunho político muito forte, e ele foi se moldando por si. Acho que o inconsciente unido à intuição e ao contexto em que vivemos atualmente escolheram o repertório por mim”.
Para o cantor, “Cajuína” e “Um Índio” são filosóficas e proféticas, “Coração Vagabundo” traz muito da esperança de criança que o próprio Rico carrega. “E ‘Leãozinho’ tem um lirismo doce quase pueril, mas que ao ser abordada por um olhar gay (como nesta releitura e no clipe), num país homofóbico como o Brasil, acaba por ganhar uma força política importante na representatividade da comunidade LGBTQIA+, da qual orgulhosamente eu faço parte”, discursa.
A ideia de um projeto cantando Caetano surgiu depois de um encontro com o tropicalista, proporcionado pela empresária Paula Lavigne. “Quando regravei Caetano pela primeira vez – uma versão de “You don’t know me” em 2010, ele me recebeu no camarim com aquele sorriso lindo no rosto e me disse: ‘Amei a canção, regrave mais, regrave o que você quiser, regrave tudo’”, lembra.
O estímulo honroso fez com que Rico embarcasse neste EP, o primeiro em que o compositor mostra apenas sua faceta de intérprete. Com arranjos cheios de frescor, assinados por João Gabriel, Rico Ayade traz sua alma e assinatura para canções já adoradas e cantadas por nós.
“É um projeto muito especial por ser “Caetano, por ter sido feito rodeado de gente amada e de muita admiração, por ser artesanal e ao mesmo tempo tão preciso e carregar mensagens tão potentes para o momento atual. Sem dúvida me sinto realizado”, conclui.