Se tudo está mais prático, porque temos cada vez menos tempo? É em um convite à reflexão sobre o tempo na contemporaneidade que surge “Árcade – Versos para Olhar o Tempo”, solo performativo do autor, roteirista e premiado diretor baiano Daniel Arcades. O espetáculo estreia em curtíssima temporada em Salvador, com apresentações nos dias 18 e 19 de novembro (sexta e sábado), às 20h, e 20 de novembro (domingo), às 19h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. Os ingressos estão à venda na bilheteria do TCA e no site Sympla (bit.ly/ArcadeIngresso) e custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
“Árcade” marca a volta de Daniel Arcades aos palcos depois de um hiato de quatro anos, tempo em que esteve dedicado a projetos como “NAU”, vencedor como melhor espetáculo do Prêmio Braskem de Teatro (2022), ao roteiro co-assinado do longa “O Paí Ó 2”, da Dueto Filmes e da Globo Filmes, e ao seu primeiro livro “Trilogia da Chacina”, que terá lançamento em breve, além de diversos outros trabalhos em teatro, cinema e televisão.
Com direção e dramaturgia assinadas por Thiago Romero, “Árcade” é um passeio poético pelas diversas visões acerca da economia do tempo e da busca pela praticidade no dia a dia. Com poemas inéditos do próprio ator e intervenções de canções e poesias conhecidas do cenário literário, o solo traz a observação do tempo e a busca por sentir-se vivo como pano de fundo para uma chamada de reflexão sobre questões extremamente atuais e que são comuns a tantos de nós: a falta de tempo, a necessidade de sempre precisar dar conta de tudo e, a partir disso, ansiedades e angústias que nos afligem.
“É um espetáculo meio autobiográfico, meio ficcional. Um solo que traz no centro o sujeito árcade, uma persona que carrega consigo múltiplas identidades e está a todo momento buscando praticidades em meio às diversas tarefas do dia a dia, visando ganhar tempo, para sentir-se vivo, ter capital e autoestima elevada”, conta Daniel Arcades. “A vida poética foi, pouco a pouco, perdendo espaço para um estilo de vida cada vez mais veloz e conectado, em que todas as coisas tornam-se urgentes, resultando em ansiedades, síndromes de pânico, síndromes do impostor, elementos que serão, minuciosamente, levados aos olhos da plateia”, completa.
Produzida pela Dan Território de Criação, a peça contou com duas apresentações anteriores, em Feira de Santana e Alagoinhas, terra natal do dramaturgo. Depois da temporada na Sala do Coro, volta ao interior do estado para duas apresentações em Paulo Afonso, nos dias 21 e 22 de novembro, às 18h e 16h, respectivamente, no Teatro da Praça CEU Euclides Ribeiro. O espetáculo conta com direção de produção de Laise Castro, Victor Hugo Sá, na iluminação, e Edeise Gomes na direção de movimento.