Redução dos custos operacionais, diminuição do impacto ambiental, aumento da vida útil, competitividade, eficiência. Impactado, frente à crise sanitária global, o setor de energia – que já vinha incorporando novas soluções em termos de sustentabilidade – teve mudanças impulsionadas, na pandemia; mais do que acompanhar as movimentações do mercado, as empresas do segmento se viram diante do desafio de abarcar a demanda crescente de geração de energia, otimizar processos, integrar tecnologias digitais e diversificar as matrizes para reduzir os efeitos nocivos ao meio ambiente.
Um estudo da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) prevê crescimento, no Brasil, de 3,8% ao ano, no consumo de energia até 2023. Paralelamente, pressões internacionais, metas do Acordo de Paris e a ampliação de discussões sobre avanços que priorizem a diminuição do impacto ao planeta revelam que a alavancada dos negócios não poderá ser planejada senão associada a modelos sustentáveis. Até 2030, o Fórum Econômico Mundial espera que 70% da energia gerada no mundo seja proveniente de fontes renováveis. E uma pesquisa da PwC Brasil mostra que 7 em cada 10 líderes brasileiros acreditam que haverá aumento, nos próximos 3 anos, de investimentos em ações de sustentabilidade e práticas ESG (responsabilidade ambiental, social e governança corporativa) – uma realidade que, segundo estudiosos da área, deve valer também para o segmento de energia. Mas como inovar no setor?
“Empresas mais tradicionais podem inovar de diversas formas, desde processos internos, se adaptando a novas metodologias, novas tendências de gestão, soluções inteligentes e melhorias de produtos e serviços, com uma cultura mais inovadora, até a adoção de tecnologias ou investimento em startups para ampliarem o seu portfólio, suas soluções e conseguir atacar as demandas do cidadão e do cliente de uma forma mais efetiva”, destaca Rodrigo Paolilo, co-fundador e CEO do Grupo Rede+, hub de soluções em inovação corporativa, referência, na capital baiana, em conectar e acelerar empreendedores e negócios.
Segundo ele, no processo de disputa competitiva, as empresas que não mantiverem o foco em eficiência energética nem estiverem atentas aos marcos regulatórios ou alinhadas a práticas inovadoras de gestão poderão perder a chance de posicionamento em um momento estratégico. Fontes renováveis de energia representam, atualmente, mais de 80% da matriz elétrica brasileira, e pesquisas apontam que o país pode se tornar o maior hub de energia renovável do mundo. “É uma tendência irreversível e o Brasil tem uma posição privilegiada. No Nordeste, mais ainda, de adoção dessas novas tecnologias, e o nível de consciência tem aumentado, não só nas empresas, mas no caso dos consumidores, cidadãos”, reforça Rodrigo Paolilo.