Onze unidades do Grupo Ebateca se uniram a outras entidades de dança convidadas, para uma noite de muita emoção e grande solidariedade realizada ontem (17.07), no Teatro Castro Alves. Toda a renda obtida pelo espetáculo “Trilhas”, que teve o cantor baiano Tuca Fernandes como padrinho, será destinada ao Hospital da Criança das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).
Além dos clássicos de Tuca, e um agradável bate-papo com ele e sua mãe, Vanda Maria, que subiu ao palco, o espetáculo levou ao público coreografias inéditas e outros trabalhos especiais de grande sucesso do portfólio da Ebateca.
Tuca Fernandes contou no palco que teve o prazer de conhecer a primeira santa brasileira. “Foi em 1981, fui levado por minha mãe. Sou sócio das OSID, contribuo, acredito muito no trabalho deles, venho acompanhando o crescimento das Obras. Fico feliz de ter sido convidado para apadrinhar esse evento fantástico da Ebateca, em um ligar ícone de Salvador, que é o TCA”.
A sobrinha de Irmã Dulce, e superintendente das OSID, Maria Rita Pontes, declarou que estava muito feliz com a parceria com a Ebateca. “Qualquer gesto de solidariedade, principalmente quando vem dessa área da cultura, é importante. As pessoas ajudam e ao mesmo tempo, recebem essa contribuição cultural. É fundamental envolver crianças nesse processo para ajudar outras crianças que precisam, estão doentes, no Hospital da Criança, e num momento em que a obra está recebendo homenagens importantes pelos 60 anos de existência e pela canonização de Irmã Dulce. Que as crianças que estão aqui hoje possam guardar esse gesto na memória!”.
Visivelmente emocionada, a diretora do grupo Ebateca, Karine Lacerda, falou sobre a importância de “Trilhas”. “A cada apresentação, temos trabalhos inéditos. Trilhas traz valor e teor de solidariedade e de movimentação pra que a gente consiga agregar o maior número de pessoas possível. A meta a cada ano é sempre procurar aumentar esse número”. Para ela, independentemente do valor arrecadado, o movimento e o valor que se busca levar para as crianças que participam é o mais importante: de que existe um próximo que precise ser olhado e cuidado. “Esse é um exercício humanitário – de ajudar e saber pedir ajuda”, completou.
Anna Cristina Gonçalves, também diretora do grupo Ebateca, explicou a importância da participação dos funcionários, bailarinos e do público. “O ‘Trilhas’ é um projeto muito póprio pra quem trabalha com educação. Temos 90 funcionários trabalhando voluntariamente, 300 alunos, o que equivale a pelo menos 600 pessoas se movimentando para estar aqui hoje. Queremos despertar o ensinamento do que é solidariedade. Minha neta de 4 anos, por exemplo, entendeu o conceito e me disse que vamos ajudar as obras Sociais Irma Dulce, dançando para os doentinhos do Hospital. Isso é plantar o exemplo de solidariedade. Na verdade, essa noite é um presente pra nós da Ebateca”, concluiu.