Uma vida ordeira e simples. Momentos na fazenda, amigos de diversos estilos e pensamentos, lugares e moradores da pequena cidade de Custipiu. Em mais de 40 contos e causos, o médico baiano Delfin Gonzalez Miranda lança, no dia 9 de outubro, sexta-feira, às 17h30, o livro Histórias que a vida conta 2, fazendo o leitor se sentir nestes diversos momentos que o livro expõe e fazendo-o rir com os diálogos apresentados.
Devido à pandemia, o lançamento será feito via Youtube, com a exibição de uma entrevista dada pelo autor, produzida pela Flamboyant Filmes, para o apresentador e menino do interior Matheus Boa Sorte. A gravação foi feita em setembro, na fazenda Caboquinha, de Dr. Delfin, em Piritiba (BA).
“Nasci em Salvador, mas com um ano e meio de idade fui morar no interior e logo uns vizinhos que não tinham filhos me adotaram. Estudava para ficar de férias mais cedo e poder ir para a roça. Aos quatro anos, adotei Miguel Calmon como minha terra. Então minha ligação com a vida interiorana é muito forte, me sinto bem, tenho muitos amigos e isso me proporciona diversas memórias. Sempre gostei de escrever e, aos 10 anos, fiz meus primeiros contos”, revela o autor do livro.
O delegado da cidade, o rezador, a freira, a cavalgada, as histórias inventadas para o amigo que acredita em tudo, o pequeno cinema, o único repórter, auto-falante como meio de comunicação na cidade, os bêbados, a lanchonete, as negociações entre os moradores, o barbeiro viajante e contador de vantagens, a falta de luz elétrica e cadeiras e conversas nas portas de casa são cenários, memórias e pessoas que envolvem todos os contos e causos.
Custipiu é a junção de Miguel Calmon, Mairi e Pojuca, cidades no interior da Bahia, lugares por onde o autor passou e construiu verdadeiros amigos. “As histórias dos meus livros são inspiradas nessas pessoas desses lugares, algumas imaginárias, mas quase todas são reais e os personagens sabem quem são. Já teve casos de pessoas lerem e saberem quem era quem na história”, sorri.
Com uma linguagem informal e diálogos que prendem a atenção, passando a sensação de que o leitor está presente e invisível acompanhando os relatos, o livro tem humor, assim como o próprio autor se auto define: “Vive intensamente quem sorri, quem não tem medo de ser feliz. Por isso, me arrisco a escrever. Eu sou uma pessoa informal e gosto do mundo pitoresco, prezo para que o leitor se envolva no que está lendo. Escrevo como se estivesse falando com meus pacientes, amigos e família, não tem distinção da realidade e acredito que minhas histórias fazem o momento se tornar mais leve, saindo da rotina desgastante”, enfatiza.