Com datas e uma das principais atrações definidas, foi lançado nesta sexta-feira (19), o I Festival do Artesanato Baiano Indígena e da Economia Solidária – FABI, que acontece entre os dias 6 e 8 de fevereiro de 2026, e traz o ator e rapper Xamã para o palco de Festival.

O evento, que promete ser um marco na valorização da cultura e economia dos povos originários, acontece na Aldeia Indígena Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no Extremo Sul do estado. A programação do FABI inclui feira de artesanato, oficinas formativas, exposição fotográfica, painéis com ativistas, cozinha show, desfile de moda artesanal e shows culturais .

”O FABI, além de trazer a força e expressão da cultura indígena, agregando também a economia solidária, será um vetor importante na geração de renda, de trabalho, para que nós possamos melhorar as condições de vida das pessoas”, destaca o titular da Setre, Augusto Vasconcelos.

Para o presidente da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia (FINPAT), Kâhu Pataxó a “construção do Festival é um desafio, porque é necessário construir um evento do tamanho dos povos indígenas da Bahia, demarcar o espaço e fazer com que o FABI entre no calendário anual”, planeja.

”O FABI é construído de forma coletiva, e será realizado num território simbólico da resistência dos povos originários, valorizando o artesanato ancestral e outros saberes tradicionais, como a medicina e a gastronomia”, ressaltou o coordenador de Fomento ao Artesanato da Bahia, Weslen Moreira.

O superintendente de Economia Solidária e Cooperativismo da Setre, Wenceslau Júnior, ressalta o papel dos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol) no apoio aos empreendimentos indígenas, especialmente no extremo sul do estado. “Somente o Cesol Costa do Descobrimento, por exemplo, atende atualmente 56 empreendimentos indígenas, que atuam em cerca de 25 comunidades da região, evidenciando o impacto direto dessas políticas públicas”, elenca.

O lançamento do Festival contou com a presença do prefeito de Santa Cruz Cabrália, Girlei Lage, e de diversas lideranças indígenas.

O FABI é uma realização do Governo da Bahia, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA), em parceria com as secretarias estaduais de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) e de Cultura (Secult); a Federação das Associações de Artesanato do Estado da Bahia (FAAEB); a Prefeitura Municipal de Santa Cruz Cabrália; a Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia (Finpat); a Associação Beneficente Ilê Axé OjuOnirê; o Instituto Convida; o Instituto Curupira e o Instituto Brasileiro do Desenvolvimento do Esporte e Cultura (IBDE).

Foto Divulgação