Dono de um estilo literário performático, elogiado por uns e não tão querido por outros, Ricardo Lísias foi confirmado na sétima edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira, que acontece entre os dias 5 e 8 de outubro. Lísias é um dos autores mais polêmicos da atualidade e recentemente foi alvo de processo judicial por causa de “Diário da cadeia”, assinado com o pseudônimo Eduardo Cunha.
Em seus romances, Lísias cria polemicas baseadas em fatos reais. Publicou “Cobertor de estrelas”, “Duas praças”, “O livro dos mandarins”, “O céu dos suicidas”, “Divórcio” e, muito recentemente, “A vista particular”, sempre dividindo opiniões entre críticos e leitores. Em Divórcio, por exemplo, causou mal-estar entre alguns jornalistas e escritores, sobretudo pelo ataque à grande imprensa e à comercialização da cultura por uma de suas personagens.
Com Delegado Tobias recebeu uma intimação para comparecer à sede da Polícia Federal em São Paulo. Agora com “Diário da Cadeia” assinado por Eduardo Cunha pseudônimo, foi alvo de um processo judicial.
Ganhou os prêmios Portugal Telecom de Literatura Brasileira e o de Melhor Romancista da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). É autor do folhetim publicado por meio de uma série de ebooks, chamado “Delegado Tobias”, e do livro-objeto “Inquérito Policial – Família Tobias”.
Também é autor da peça-performance “Vou, com meu advogado, depor sobre o delegado Tobias”, em que foi um dos atores. A revista inglesa Granta o selecionou como um dos Melhores Jovens Escritores Brasileiros. Esteve como escritor e professor visitante na Universidade de Viena, na University College London, na Universidade de Princeton e na Universidade da Pennsylvania. É mestre em Teoria e História Literária pela Unicamp e doutor em Literatura Brasileira pela USP.