Vinicius de Moraes (1913-1980) se apaixonou pela Bahia e por uma baiana em especial. Isso fez o poeta escolher Itapuã para morar, no início dos anos ’70, com sua amada, a atriz baiana Gessy Gesse.
O Monumento da Praça Vinicius de Moraes é de autoria do artista plástico baiano Juarez Paraíso; em frente à praça está a casa que Vinicius construiu e morou, com projeto dos arquitetos baianos e seus amigos Jamison Pedra e Sílvio Robatto, professor da Escola de Belas Artes da UFBA.
Em 1956 em seu “Auto-retrato”, Vinicius de Moraes declara: “Sobrenome: de Moraes Bahia (que guardo em mim)”.
Em 1974, ano de sua construção, ele fez o poema “A Casa”, dedicado “A Gesse, minha mulher e minha amiga e aos operários que ergueram a Casa, onde antes só havia chão; uma casa baiana, feita por baianos para abrigar Tua baianice máxima, sonhada”.
O cômodo mais singular da casa de seis quartos era o banheiro da suíte do poeta com banheira com vista para o mar.
A casa está intacta e é incrível a atmosfera de amor que emana.
É que o poeta vivia do amor, e a baiana Gessy Gesse foi sua maior inspiração.
Para ela, ele compôs as músicas: Morena Flor, Regra Três e Samba de Gesse, além do “Soneto de Luz e Treva”.
Gessy Gesse terminou de escrever um livro que conta episódios acontecidos ao longo dos sete anos que viveu com o Poetinha. “Vinicius, o homem que eu amei” está sendo negociado com editoras e não se sabe quando será lançado.
Atualmente, a casa funciona como hotel e restaurante; imperdível aos casais apaixonados, pois a atmosfera convém amor e paixão.
Com certeza ele viveu essa paixão intensamente, bebendo-a até a última gota, com um velho calção de banho e todo o dia pra vadiar, em frente ao um mar que não tem tamanho, olhando um arco-íris no ar e falando de amor pra sua paixão baiana.
Luxo é passar uma tarde em Itapoã, almoçando, ou esperar o fim de tarde em Itapoã para jantar no jardim onde Vinicius passava seus finais de semana…