A Galeria Acbeu encerra sua temporada de exposições de 2017 com uma coletiva que homenageia os 140 anos da Escola de Belas Artes da UFBA, comemorados no dia 17 de dezembro. A mostra será inaugurada nessa sexta, 24, às 19h e contará com 40 peças, a maioria delas bidimensional e apenas quatro tridimensionais, entre pintura, desenho, gravura, infogravura, fotografia, cerâmica, escultura, assemblage, colagem e técnicas mistas. A curadoria é da professora e crítica de artes da EBA, Alejandra Muñoz, que reuniu obras de temática figurativa e abstrata, desde repertórios geométrico-matemáticos a formas orgânicas e gestuais espontâneas. A mostra poderá ser visitada até 22 de dezembro, de segunda a sexta, das 14h às 20h, e sábados, das 9h às 13h.
“O acervo Acbeu tem mais da metade das obras – que já passam de 320 peças – de autoria de artistas vinculados à EBA, seja porque foram ou são professores da casa, seja porque estudaram em algum momento lá”, conta Alejandra. “Muitos dos estudantes e professores da Escola de Belas Artes começaram a fazer exposições na Galeria Acbeu e nas últimas décadas esse espaço tem sido uma referência para o cenário local”, conclui. Foram inúmeros os eventos e atividades que as duas instituições realizaram lado a lado ao longo das quatro décadas de vida da Galeria Acbeu, dentre eles, a exposição em comemoração aos 75 anos da Acbeu, em 2016, também com curadoria de Alejandra.
Esta mostra não aborda nenhum tema, conceito ou técnica em especial. É uma exposição comemorativa da trajetória institucional da Escola de Belas Artes através da coleção de arte da Acbeu. Para fazer o recorte curatorial Alejandra lançou mão de alguns critérios. “Tentei selecionar trabalhos que exprimam a complexidade da produção na Bahia através da EBA, mediante diferentes técnicas e artistas de diversas gerações”, explica a curadora. A ideia central da curadoria não foi a de destacar um ou outro artista ou obra, mas formar uma corrente de trabalhos que represente uma espécie de abraço simbólico da Acbeu à EBA através do seu acervo artístico.
A mostra terá trabalhos tanto de artistas já falecidos, como Calasans Neto e Carlos Bastos, como de gente mais nova, que fez sua primeira exposição individual recentemente na Galeria Acbeu, como Geisiel Ramos ou Uilliam Novaes. Ainda há desde artistas de reconhecimento internacional, como Marepe e Juraci Dórea, até os mais novos, recém-graduados, como Superafro. A participação fundamental das mulheres nessa história também ganhou espaço através da obra de mestras como Viga Gordilho e Zélia Nascimento ou de artistas experimentais como Rosa Bunchaft e Milena Oliveira.