Eleonora que finge amar Vânia Leão, que ama Dirce Mendonça, que ama Anitta, que não ama ninguém porque é uma raposa. A atriz que não apresenta o espetáculo, pois a situação política brasileira está um sufoco. Pandora que ficou para titia e dá aula de dialeto javanês. Fanta Maria que, pra não enlouquecer de vez, vive “rebobinando” e adora tomar choque na escada rolante da Politécnica.
O público, que até então não tinha entrado na história, vira personagem e ri as piadas dos “patifes”, que adaptam e atualizam os textos e ‘cacos’ dos 11 personagens de A BOFETADA, espetáculo da Cia Baiana de Patifaria que retornou a cartaz no dia 14 de abril, no palco do TEATRO ISBA, para temporada aos SÁBADOS e DOMINGOS, sempre às 20 horas, até 27 de maio.
Os patifes Mário Bezerra, Marcos Barretto, Rodrigo Villa e Lelo Filho já estão em sala de ensaio para atualizarem os textos do espetáculo. Como é de costume, as novas manchetes do noticiário político-social-econômico brasileiro irão se misturar aos bordões e cenas musicais que levam o público às gargalhadas: ‘é a minha cara’, ‘oxente’, ‘momento lindo, maravilhoso’, ‘adoro, chega choro’.
A BOFETADA completa 30 anos de encenação nos palcos soteropolitanos desde que estreou na pequena Sala do Coro do TCA, em 1988, tendo sido assistida por mais de 2 milhões de espectadores até hoje. A concepção original é de Fernando Guerreiro. Os três esquetes que compõem o espetáculo são de Mauro Rasi, Miguel Magno e Ricardo de Almeida. Lelo Filho assina a direção, com o diretor assistente Odilon Henriques.