Tem pré-estreia no próximo dia 15 de maio (terça-feira), o documentário longa metragem “AIUÊ :Escutando o sons dos Quilombos”. O filme apresenta as sonoridades presentes no cotidiano das comunidades quilombolas de Salvador e Região Metropolitana.
Totalmente gratuita, a programação de lançamento começa às 15h, com roda de conversa com lideranças quilombolas, dentre outros representantes da sociedade civil e política, com mediação da jornalista Donminique Azevedo, idealizadora do projeto. Às 18h, será aberta a exposição com mesmo tema do documentário, com intervenções artísticas das comunidades tradicionais. O filme será exibido às 19h. Todas as atividades ocorrerão na Sala de Cinema Walter da Silveira (Complexo da Biblioteca Pública dos Barris).
Realizado pelo Coletivo Cacos, o projeto foi contemplado pelo edital Arte Todo Dia – Ano III, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador. A equipe é formada por cineastas negros baianos: Donminique Azevedo (documentarista, jornalista e educadora), Danilo Umbelino (cineasta e diretor de fotografia), Leo Rocha (musicista e cineasta), e Uiran Paranhos (cineasta e técnico de som direto).
Além disso, o documentário conta com a participação do cantor Lazzo Matumbi, que empresta a voz à trilha e canta a música-tema do filme; e da socióloga e militante do Movimento Negro Vilma Reis.
“As comunidades quilombolas foram historicamente invisibilizadas, mas ainda assim resistem por meio de muitas lutas ligadas à identidade étnica e à territorialidade. Do som ambiente aos silenciamentos, o documentário traz essa resistência por meio da incursão sonora nos quilombos, no intuito de estabelecer diálogos culturais entre as comunidades presentes no longa”, explica Donminique Azevedo, idealizadora da iniciativa.
Para o musicista, cineasta, responsável pela trilha do filme, Leo Rocha, o documentário é uma estratégica oportunidade para lançar outros olhares à pauta e agenda quilombola. “Os sons e sonoridades presentes nestes espaços expressam resistência cultural e política. São marcados por uma pluralidade de vozes que canta e ri, mas que também clama por mais humanidade”, declara Leo Rocha.