Você já imaginou entrar em um ônibus e não ter a presença de um cobrador? Mais ainda, não ter nem motorista? Várias profissões estão com os dias contado. Este e outros temas ligados ao Direito e novas tecnologias foram debatidos, nesta sexta (29), no “Fórum de Teses” da Faculdade Baiana de Direito, na sede da instituição.
De acordo com advogado e consultor jurídico em Direito Público, Diogo Assis Guanabara, cerca de 7 milhões de pessoas irão perder os postos de trabalho nos próximos 20 anos.
“Os números foram divulgados, em 2016, no relatório do Fórum Econômico Mundial. As funções de rotina, repetitiva, serão substituídas por máquinas. Isso será inevitável”, afirma Diogo Guanabara, que é também professor de Direito Constitucional e Ambiental da Faculdade Baiana de Direito e comandou, ao lado de Maurício Requião (mestre e doutor em Direito) e Marcus Seixas (mestre e doutorando em Direito), a primeira mesa de debate: Privacidade e Proteção de Dados na Era Digital.
Ao todo, foram dez mesas redondas, divididas em três grupos, e cerca de sete horas de programação. Renato Opice Blum, advogado e mestre pela Florida Christian University, comandou a conferência de abertura, às 10h.
“Foi muito bom ver o auditório lotado e o interesse do público pelo tema. A tecnologia é dinâmica e muda a cada segundo. Precisamos, cada vez mais, buscar conhecimento para acompanhar o avanço tecnológico”, destaca Renato.
O Fórum de Teses debateu temas como democracia digital; utilização de novas tecnologias como instrumento no combate à macrocriminalidade; empreendedorismo e inovação no mercado jurídico; Fake News; A Justiça Televisionada: Espetacularização, Informação ou Publicidade?, dentre outros.
Nomes como Gabriel Marques (doutor em Direito pela USP), Miguel Calmon Dantas (procurador do estado da Bahia), Walber Carneiro (doutor em Direito pela Universidade de Coimbra), Roberto Gomes (promotor de Justiça do MPBA), dentre outros estiveram à frente dos debates.