Depois da memorável edição de 2016, estruturada com o objetivo de celebrar a conquista pelo Conjunto Moderno da Pampulha com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, a CASACOR Minas Gerais se prepara para mais um ano de grandes conquistas e resultados. A maior mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo do estado segue antenada aos movimentos urbanos contemporâneos e propõe um novo olhar sobre a cidade e sobre o a forma como ela vem sendo percebida por seus moradores e visitantes. Diante dessa visão, a 23a edição da CASACOR Minas já nasce com o desafio de ampliar cada vez mais esse processo de investigação e de experimentação sobre o conceito de morar bem na contemporaneidade. Uma das novidades desta edição é a realização de quatro workshops de fabricação digital, onde o público terá a oportunidade de ser coautor de um dos ambientes, o GUAJA Sapucaí. Além de participarem da concepção do espaço, os participantes também fabricarão o mobiliário sob o comando de um pool formado por  experientes profissionais, comandado pela dupla Denis Fuzii e Rafael Cordeiro. O jovem Denis é Arquiteto, Urbanista e designer e possui criações já foram baixadas e produzidas em mais de 90 países no mundo todo pelo sistema Open Desk.

 

Em 2018, a CASACOR Minas está sendo promovida em um prédio histórico da capital mineira, integrante do Conjunto Arquitetônico da Praça da Estação, região marcada pela forte efervescência urbana, cultural, política e gastronômica. Localizado na rua Sapucaí 383, o prédio possui três pavimentos, porão, sótão e jardins. O local funcionou como sede da extinta Rede Ferroviária Federal S/A – RFFSA, e está diretamente associado à criação de Belo Horizonte. Nos últimos meses, o prédio vem passando por um processo de restauração desenvolvido pela Multicult, empresa promotora da CASACOR Minas, sob a supervisão do IPHAN. A proposta é que edifício abrigue futuramente as instalações do Museu Ferroviário, além de outras atividades.

 

Durante o processo de construção da capital, a região se firmou como uma espécie de pórtico da cidade, concentrando as recepções e despedidas das pessoas que vinham conhecer as modernas obras arquitetônicas e urbanísticas que estavam sendo construídas na época. Antes mesmo da inauguração da capital, a região nas proximidades da Estação já apresentava quarteirões em processo de formação, além do surgimento de restaurantes e outros pequenos comércios motivados pela circulação de transeuntes.

 

O imóvel escolhido está localizado numa rua estratégica, caracterizada por se tornar uma espécie de corredor cultural e gastronômico da capital –  que se estabeleceu de forma completamente espontânea. Entre os espaços, projetos e agentes que estão contribuindo neste processo de reocupação e resignificação daquela região estão: Museu de Artes e Ofícios, Funarte, Espaço 104, Centro de Referência da Juventude, Serraria Souza Pinto,  Teatro Espanca!, Duelo de MC´s, Baixo Centro Cultural, Praia da Estação, Benfeitoria, Salumeria Central, Dorsé, blocos de carnaval, entre outros. Além disso, a rua Sapucaí está localizada numa posição que possibilita uma das vistas mais privilegiadas da cidade, independente do horário da visitação.

 

De acordo com o diretor Eduardo Faleiro, a escolha do imóvel vai de encontro ao atual momento de discussão sobre a utilização do espaço público, observada não apenas em Belo Horizonte mas também em outras cidades brasileiras e no exterior. “Estamos muito felizes em poder contribuir para o resgate histórico desse belíssimo imóvel, que permaneceu fechado por vários anos, e também por voltarmos a levantar uma reflexão sobre o hipercentro da capital. Graças à CASACOR, as pessoas redescobriram essa parte da cidade”.

 

A última edição da mostra na região foi realizada em 2000, na Casa do Conde, sendo responsável pelo maior público da história da CASACOR Minas de todos os anos. Outro ponto interessante é nosso sólido histórico, que já contabiliza 13 edições realizadas em imóveis tombados, servindo para levantar questões sobre a importância da preservação e o resgate destes imóveis e também por gerar visibilidade e acessibilidade a esses prédios, contribuindo assim para a preservação da memória e da identidade cultural da cidade”, destaca Eduardo. 

 

Juliana Grillo destaca a relevância do tema desta 23a edição da CASACOR Minas:  Foco no Essencial. Trata-se de um tendência mundial trazida a partir do questionamento sobre o excesso de supérfluos em todas as áreas, tanto de consumo, como de informação. “A proposta para esta edição é um verdadeiro desafio para que arquitetos, designers de interiores e paisagistas possam surpreender o público com   projetos que consigam trazer o design para mais perto das pessoas. O espaço que escolhemos para abrigar a mostra deste ano está em perfeita sintonia com sua temática, na medida em possibilita ambientes mais amplos, com espaços generosos, capazes de trazer muitas possibilidades de reflexão sobre a moradia com foco no essencial. A ideia desta edição é mostrar que a vida pode ser mais simples.”, reflete a diretora.

 

A visitação agendada é uma excelente oportunidade para grupos formados por arquitetos, designers, paisagistas, estudantes e pessoas interessadas em conhecer as novidades do setor e os bastidores desse grande evento. No ano passado, a CASACOR Minas registrou mais de 40 grupos, contabilizando centenas de pessoas que vieram de outras cidades como Divinópolis, Itaúna, Ouro Preto, Varginha, Governador Valadares, Goiânia(GO), João Pessoa(PB), Natal(RN) e Cabo Frio(RJ) especialmente para a visita. O agendamento deve ser feito pelo e-mail visita@casacorminas.com.br ou pelo telefone (31)3286-4587