Depois de duas sessões lotadas em agosto deste ano, a cantora Adriana Calcanhotto já tem data para retornar a Salvador. Com um repertório composto por seus grandes sucessos, releituras de canções como “As Caravanas” de Chico Buarque e canções inéditas, Adriana Calcanhotto traz sua nova turnê para Salvador, em única apresentação, dia 15 de fevereiro às 21h no Teatro Castro Alves. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro; nos SAC dos Shoppings Barra e Bela Vista e pela internet através do site Ingresso Rápido.
Intitulado “A Mulher do Pau Brasil”, o show estreou em Portugal e, a partir de agosto, irá percorrer as principais cidades do Brasil.
Um dado curioso, sobre esse novo show da artista, é que ele foi idealizado como “concerto-tese”, ou seja, uma conclusão da residência artística de ADRIANA CALCANHOTTO na Universidade de Coimbra, onde esteve nos últimos dois anos entre cursos e apresentações.
A imensa repercussão do show gerou uma turnê, que começou pela Europa, e agora chegou ao Brasil. Acompanhada por BEM GIL e BRUNO DI LULLO, Adriana elaborou um roteiro com músicas compostas durante sua estada no país lusitano; releituras (a exemplo da recente ‘As Caravanas’, de Chico Buarque), além dos seus já conhecidos clássicos como ‘Inverno’, ‘Vambora’, ‘Esquadros’ e etc.
A inédita canção-título abre o show em tom autobiográfico (‘Nasceu no Sul / Foi para o Rio / E amou como nunca se viu’) e também retoma o nome de um espetáculo do início da carreira de Adriana (‘A Mulher do Pau Brasil’), ainda em Porto Alegre nos anos 80. Foi quando começou a ser instigada pelo ‘Manifesto da Poesia Pau Brasil’, do modernista Oswald de Andrade e toda a sua influência no movimento tropicalista décadas depois. Tais temas sempre estiveram presentes em sua obra e ressurgiram com intensidade no período português.
Não é à toa que ‘Vamos Comer Caetano’, composta para o disco ‘Maritmo’ (1998), foi retomada no repertório e sublinha o conceito antropofágico da apresentação, através da ideia de devorar, se apropriar e reinventar a informação que vem de fora.
“Costumavam me perguntar se eu já tinha virado portuguesa e eu sempre respondia que não. Nunca me senti tão brasileira como agora”, conta Adriana, que foi nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa da Universidade de Coimbra no final de 2015.