A balada de Chico César “Só eu e você”, acaba de ganhar versão em dancehall interpretada por duas ascendentes cantoras da música brasileira contemporânea: Illy e Duda Beat botam pra moer em “Só eu e você na pista”, produzida por Tomás Tróia e que chegou nesta sexta-feira (01) em todos os aplicativos de música através do selo Alá em parceria com a Altafonte. A faixa, uma aposta para o verão, ganhou clipe dirigido por Camila Cornelsen, realizado pelo coletivo feminino Hysteria da Conspiração Filmes. Também hoje, Illy lança a releitura acústica da mesma música, mas com produção de Moreno Veloso.

 

“Esse presente que Chico me deu é uma das composições mais bonitas que já escutei e por isso resolvi regravá-la de diferentes maneiras para que ela chegue a mais lugares possíveis”, conta Illy. “Para a versão acústica, Moreno além de ter tocado um solo lindo de ehru (espécie de violino chinês de duas cordas) produziu tudo com a delicadeza e afeto que a canção pede.  Já o geniozinho do Tomás enxergou um Dancehall ali e pirei na ideia. Depois vieram os versos de Duda que caíram super bem.  Acho que um refrão tão nordestino como este merecia mesmo alguém com o sotaque e autenticidade dessa amiga que a música me deu”, acrescenta.

 

No clipe, Illy e Duda comem uma fruta e curtem uma viagem juntas dentro do quarto. Para a diretora Camila Cornelsen, a ideia que permeia o clipe é o encontro dessas duas mulheres, amigas, que têm intimidade e passam por essa experiência de delírio tropical. Elas permitem se soltar quando estão juntas, divertem-se e guardam segredos. “Eu e a Hysteria já vínhamos namorando a ideia de fazer um clipe juntas, temos um relacionamento longo, desde o início da plataforma. Quando surgiu essa oportunidade o match foi instantâneo”, diz. “A primeira vez que ouvi a música tive a sensação de estar na praia. Calor, verão.

 

Illy é baiana, Duda é recifense, e trazer elementos da região de cada uma pra mim parecia ser algo importante. Então, tanto nas cores quanto em alguns elementos de arte e figurino trouxemos símbolos das duas”, conta.

 

“Pelo clima no estúdio e do jeito que a gente se divertiu fazendo esse clipe ele tinha mesmo que sair lindo assim”, brinca Duda. “Conheci a Illy num programa de rádio e logo rolou uma empatia forte entre nós. Foi muito gostoso o processo, ver a música nascendo e Illy ter curtido foi o maior presente para mim e Tomás. Acredito muito em destino e acho que era mesmo para a gente se encontrar e fazer essa música acontecer. Bem do nosso jeito”. Finaliza.

 

A colab não poderia ter mais sintonia com a Hysteria, que tem como um de seus objetivos criar mais oportunidades para mulheres do audiovisual. “Temos uma curadoria de videoclipes feito por mulheres na nossa plataforma e esse é nosso segundo projeto proprietário. Queremos valorizar o trabalho das minas nessa área. E também estar neste universo dos videoclipes por ser um espaço onde podemos trabalhar ainda mais uma linguagem autoral”, diz Carol Albuquerque, diretora criativa da plataforma.