O NOVO ESPETÁCULO SOLO DE DUDA WOYDA, O OUTRO LADO DE TODAS AS COISAS, É UMA HOMENAGEM A CAIO F.
A nova estreia da ATeliê voadOR Companhia de Teatro é uma homenagem aos 20 anos da morte de Caio F., como assinava o autor gaúcho. O outro lado de todas as coisas, uma autoficção com dramaturgia de Djalma Thürler, e atuação de Duda Woyda, que ocupará o Teatro Sesc Senac Pelourinho, entre os dias 01 e 30 de setembro, sempre as quintas e sextas-feiras. Essa é a segunda peça do “Projeto Solos Voadores”, que estreou em 2015, com “Três Cigarros & A Última Lasanha”, de Rafael Medrado.
As impressões do amor extraídas da obra de Caio F. são, sem dúvida, as maiores razões dessa montagem, “a sua visão do amor é sempre intensa, sem redes de segurança e esse universo paradoxal, ao mesmo tempo, me fascinava e me apavorava. A peça fala sobre isso, não adianta bancar o distante, lá vem o amor nos dilacerar de novo”, descreve Thürler.
O outro lado de todas as coisas é uma “dramaturgia de segunda mão”, como define o autor, porque surge de um encontro, de uma conjugação de ideias e coisas, gestos, sons, cores, movimentos outros: Foucault, Caio F. e Thürler. Na peça, a plateia poderá ainda conhecer um pouco mais do próprio ator Duda Woyda que, em 2016, completa 15 anos de carreira, dos quais 10 dedicados à Companhia.
Sobre Caio F: “Conhecido pela sua literatura urbana repleta de realismo psicológico, catártica e confessional, Caio F. pautou em seus textos os sentimentos humanos da forma mais latente, inquieta e intensa e iniciou, através da Literatura, muitos de seus leitores, no paradoxo universo do amor.
De acordo com Thürler, “quando tratamos da Literatura de Caio, não tratamos de uma escrita amena, de leitura prazerosa, como nos velhos romances de finais felizes, trata-se de escrita inquieta, que fere e seduz, é violenta, cortante. Suas personagens transitam na margem do obscuro, do vazio, sua escrita não revela, antes questiona e intriga, dói porque deve doer”, reforça.
“O outro lado de todas as coisas”
Dramaturgia e Supervisão Geral: Djalma Thürler
Direção: Marcus Lobo e Rafael Medrado
Direção de Arte: José Dias
Iluminação: Marcus Lobo
Elenco: Duda Woyda
Direção Musical: Roberta Dantas
Produção: ATeliê voador Companhia de Teatro