Um dos centros de criação de artesanato do país, a Bahia comemora o Dia da Ceramista, nesta quinta-feira (28/05), uma data importante para homenagear quem tem nas mãos esta técnica milenar. A diversidade cultural do estado se reflete na produção de uma cerâmica diferenciada, com referências indígenas, africanas e europeias. Utilitárias e decorativas, as peças produzidas por artesãs e artesãos baianos podem ser encontradas no Centro de Comercialização do Artesanato da Bahia, no Largo do Porto da Barra. Neste período de isolamento social, as informações e os pedidos dos produtos podem ser feitos pelo telefone: 71 – 99906-6746.
A técnica milenar de misturar a argila para modelar objetos é muito utilizada em várias regiões da Bahia. A cerâmica tem um papel histórico, com suas referências étnicas de diversas culturas que convivem no estado. A indígena, que preserva técnicas utilizadas antes da colonização, com a pintura feita com pigmentos naturais, a africana com referências de seus rituais religiosos e a das antigas civilizações mediterrâneas que utilizam o vidrado e o esmalte como revestimentos, além do uso do torno.
A Bahia também se destaca com a produção de Maragogipinho, o maior centro cerâmico da América Latina. Localizado no município de Aratuípe, o povoado é detentor do Prêmio Unesco de Artesanato para a América Latina e Caribe, de 2004. Maragipinho tem dezenas de olarias, quase todas às margens do Rio Jaguaripe, que produzem objetos utilitários e para decoração.
Em Banzaê, entre o agreste e o sertão baiano, destaque para a cerâmica indígena Kariri, muito valorizada pelos amantes do artesanato. Já nas mãos dos artesãos de Coqueiros, povoado de Maragogipe, são produzidas as panelas e muitos utilitários de barro. A produção de louças e peças figurativas se destacam na cerâmica produzida em Barra, no Oeste da Bahia.