O Velho Rei parte de um pedido inusitado da filha do protagonista. Cleonice (Jussara Mathias), que vive fora do país, pede que Climério (Antonio Pitanga), passe a gravar tudo o que vê à sua volta, com a câmera enviada por ela, contando uma história através das memórias do passado e o encantamento do presente.
“O que é interessante em uma mostra como essa é que ela traz um cinema feito por negras, que não trata do tema da negritude como um assunto exótico, fora de nós, um mero tema a ser estudado ou discutido; é um cinema que trata de vidas e posturas negras, apresentando-as em si, ontologicamente, sem transformá-las em um panfleto, um assunto de painel ou debate. É um cinema que dá conta de sua própria existência negra em si, trazendo-a para a frente do palco. E isso já é, em si, uma demarcação política”, afirma Ceci Alves.
Além de O Velho Rei, serão exibidos no grupo do Cineclube CBL no Facebook (https://www.facebook.com/groups/CasadoBrasilCineclubeCBL), os curtas Travessia (2018), de Safira Moreira; Lembranças de um Não Eu, de Fanny Oliveira; Caixa D’água, Qui-Lombo é Esse?, de Everlane Moraes; e o Dia de Jerusa, de Viviane Ferreira.
O Ciclo Cinema Negro, com curadoria e programação de Lídia Ars Mello, associada da Casa do Brasil de Lisboa (em parceria com esta Associação de Imigrantes), tem como objetivo dar ênfase a curtas-metragens realizados por diretoras brasileiras negras com histórias sobre a vida de pessoas negras.
A segunda sessão ocorre no dia 30, também às 17h30, com exibições de Vasel, de Larissa Lima; Sample, de Ana Júlia Travia; Rainha, de Sabrina Fidalgo; e Esperando o Sábado, de Érica Sansil.