Você já precisou trabalhar enquanto enfrentava uma situação difícil ou triste na vida pessoal? Então, você já precisou treinar sua inteligência emocional. Saber lidar com os próprios sentimentos com inteligência pode ser um grande desafio para algumas pessoas, mas é uma maneira eficaz de evitar e resolver conflitos, controlar a mente e ajudar a manter o foco nos objetivos, explica Alex Magno, palestrante e consultor de gestão com inteligência emocional.
“Não temos como controlar os eventos que irão impactar de alguma forma a nossa vida, mas podemos trabalhar internamente as emoções que geramos a partir deles, com autopercepção e conhecimento de algumas estratégias de gestão emocional. Somos atravessados a todo momento por sentimentos, sejam positivos ou negativos, trabalhar com essas sensações de forma que elas não atrapalhem a vida é uma forma de obter inteligência emocional”, indica o especialista.
De acordo com a psicologia, inteligência emocional é a habilidade de entender e lidar com todos esses sentimentos pessoais e também a capacidade de reconhecer as emoções das outras pessoas, percebendo como as próprias emoções afetam os outros. Está contemplada na teoria das Inteligências Múltiplas, do psicólogo Howard Gardner, que amplia o conceito de inteligência para além das capacidades cognitivas, de memória e raciocínio e categoriza as inteligências em um amplo espectro de competências. A inteligência interpessoal, por exemplo, está ligada à habilidade de compreender os outros, enquanto a inteligência intrapessoal se associa ao autoconhecimento, é o “estar bem consigo mesmo” e com as próprias emoções.
“Além de ajudar a mapear as próprias emoções e, assim, construir relacionamentos mais saudáveis, o desenvolvimento da inteligência emocional é uma estratégia importante para melhorar a autoestima, estimular o sentimento de gratidão pessoal, promover o autoconhecimento e ainda alcançar o sucesso profissional”, destaca Alex.
De acordo com o consultor, a maioria das pessoas são educadas com ênfase nos processos intelectuais e cognitivos e, nesse contexto, o aspecto emocional acaba sendo negligenciado. Por outro lado, a cultura da felicidade e do bem-estar tem ampliado bastante no mundo contemporâneo e aprender a administrar emoções já está entre as habilidades mais valorizadas pelo mercado. Um levantamento realizado pelo PageGroup apontou que 80% dos executivos não contratariam um talento apenas por suas competências técnicas pois consideram essencial suprir as habilidades emocionais também.