O espetáculo “A Máquina que Dobra o Nada”, vencedor da categoria melhor espetáculo infantojuvenil no Prêmio Braskem de Teatro 2015, realiza única apresentação no Teatro Castro Alves, no projeto Domingo no TCA, no dia 23 de outubro, às 11h, com ingressos a R$ 1,00. A montagem gira em torno da amizade entre um garoto e um cientista, que juntos planejam criar uma máquina misteriosa, capaz da intrigante proeza de dobrar o nada. Ambientada no universo fantástico, a encenação tem surpreendido crianças e adultos pela dinâmica e originalidade.
Com canções inéditas executadas ao vivo e diversas coreografias interpretadas pelo elenco, a montagem busca livre inspiração em poesias e neologismos do escritor e poeta mato-grossense Manoel de Barros (1916-2014). Reunindo em cena dez atores e três músicos, o espetáculo aborda temas atuais, discutindo a tecnologia e o contexto das relações virtuais. O texto explora as descobertas do processo de crescimento e, ao mesmo tempo, inclui de forma divertida conhecimentos de Ciências, História, Cultura, Língua Portuguesa, entre outros temas.
Assinado por Rodrigo Frota, o cenário passeia por todo o palco. Por ser móvel, modulável e manipulado pelos próprios atores e atrizes, a cenografia se transforma a todo o tempo e proporciona diversas possibilidades criativas para a atuação, a direção e, consequentemente, para a iluminação.
“A Máquina que Dobra o Nada” marca ainda a inauguração do Coletivo Artesania, Núcleo de Investigação em Arte-Educação que tem como principal objetivo investir em estudos e projetos na área. Com 23 peças no currículo, Caio Rodrigo já trabalhou com os principais diretores da cena teatral baiana, como Fernando Guerreiro, Harildo Déda, Nehle Franke, Hebe Alves, Paulo Cunha, entre muitos outros nomes. Essas experiências com encenadores e processos distintos geram agora diversos elementos e referências para a criação do espetáculo cênico-musical.
Além de Caio Rodrigo, o grupo conta com Ian Fraser – autor do texto original, e que no ano passado recebeu o prêmio Jovem Autor Inédito pelo Selo Literário João Ubaldo Ribeiro – e Carmelito Lopes, músico e professor atuante, que também estreia como diretor musical e compõe, em parceria com Letícia Lopes, a trilha sonora inédita do espetáculo. A trama é provocante, aguça a curiosidade, evoca mistérios e cria uma atmosfera lúdica e dinâmica.