A pandemia do Coronavírus levou o planeta a uma crise de saúde com superlotação de hospitais nos países com mais casos da doença e números assustadores de mortes e infectados. Especialistas já dizem que, além de uma crise de saúde, a questão afetará a economia a longo prazo. O FMI prevê que a recessão mundial por causa do vírus pode ser pior que em 2009. No Brasil, já existem casos de demissões provocadas após a pandemia e as estimativas do mercado apontam para números negativos de crescimento.
Há especialistas e pesquisas que apontam que a construção civil, alimentação fora do lar, moda, varejo tradicional e saúde são alguns dos setores mais impactados pela pandemia. Marcelo Simões é CEO da Apure, marca especializada em consultoria empresarial, e acredita que com inteligência e criatividade é possível passar por esse momento: “A hora é de identificar em que podemos ser melhor, para que possamos crescer. Claro que precisamos levar em consideração a área de atuação, mas para todas vale a regra de que adaptar é sobreviver. Mesmo sentado no sofá trabalhando em regime de home office, é possível produzir igual ao que era produzido dentro do escritório. Os meios de comunicação atuais nos oferecem ferramentas para que estejamos sempre próximos aos clientes e consumidores, ainda que o momento seja de isolamento social. O e-commerce é um grande exemplo de transação de bens e serviços, sem barreiras de tempo e distância, e está sendo uma solução bastante funcional neste período de crise, em que o isolamento social é fator primordial para combater o coronavírus”. Marcelo ressalta que não é possível garantir números positivos, mas que continuar a produção, respeitando as orientações das autoridades de saúde, é o caminho: “Se não for possível operar com 100% de produtividade efetiva, que seja com 80% ou 70%, mas precisamos produzir”.
Pensar em ações e estratégias para fortalecer a empresa é um desafio que empreendedores e microempreendedores enfrentam neste processo. A saída pode estar em ações como o planejamento de formas alternativas de venda e prestação de serviços; uma comunicação forte no ambiente digital; a clareza ao explicar para clientes como será o funcionamento do serviço prestado durante a crise; entregas em domicílio quando produtos; atendimento online, se possível, quando serviços; comunicar os cuidados com higiene e prevenção que a empresa adotou, sempre atento ao que determinam as autoridades em Saúde e planejar a atuação para o fim da crise.