Em celebração a seu meio século de dedicação e amor à música, a cantora e compositora Alcione virá a Salvador com o show “Alcione: 50 Anos”. A apresentação acontece no dia 12 de maio (domingo), às 19h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA). Será a primeira do espetáculo na capital — em novembro de 2023, ele esteve em Lauro de Freitas, na região metropolitana. O primeiro lote de ingressos custa R$ 150/R$ 75 (meia) e será vendido na plataforma Sympla e na bilheteria do próprio TCA.

Em “Alcione: 50 anos”, Marrom conta com as participações especiais da inseparável Banda do Sol e de integrantes da Orquestra Maré do Amanhã para passear por diversos momentos de sua carreira. A performance ganha ainda mais brilho com as presenças de bailarinos clássicos e modernos das companhias Sheila Aquino e Marcelo Chocolate, e Cenarte Dimensões.

Com diversas apresentações pelo Brasil e em cidades na Europa e na África, o show tem direção musical do maestro Alexandre Menezes e direção geral de Solange Nazareth. Em Salvador, o evento terá apoio do Clube Correio, do Teatro Castro Alves e da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), por meio da Fundação Cultural do Estado (Funceb).

Trajetória — Para resumir essa trajetória tão longeva e de incrível sucesso, vale reafirmar que os domínios da Marrom extrapolam fronteiras. A intérprete já se apresentou pelos cinco continentes, em mais de 36 países, nos principais festivais e casas de espetáculos internacionais. Portugal, Espanha, Suíça, Alemanha, Israel, Japão, Angola, França, Moçambique, Inglaterra, Itália, Argentina, Chile, Uruguai e até na antiga União Soviética — antes mesmo da Perestroika, a abertura —, nas atuais Lituânia, Estônia, Ucrânia e Rússia.

Alcione gravou compactos — o primeiro, em 1972 —, LPs, DVDs e 42 álbuns, que lhe concederam 26 Discos de Ouro, sete Discos de Platina — dois de Platina Duplo —, três DVDs de Ouro e um de Platina. Em sua galeria de troféus, com mais de 350 peças, estão prêmios e honrarias que vão desde os títulos de Cidadã Benemérita até as mais altas comendas do país, como a “Ordem do Rio Branco” e a do “Mérito Timbiras” — esta última, concedida pelo Estado do Maranhão — e medalhas relevantes, como a “Tiradentes” e a “Pedro Ernesto”, concedidas pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Premiações relacionadas à MPB abarrotam suas estantes, como, por exemplo, os 21 troféus arrebatados nas 29 edições do “Prêmio da Música Brasileira”. Outros títulos edificantes são os de “Madrinha do Corpo de Bombeiros do RJ” e “Melhor Cantora Popular”, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

Marrom também é detentora de inúmeras premiações internacionais, como o “Grammy Latino” na categoria “Melhor Álbum de Samba”; “O Pensador de Marfim” (concedido pelo Governo de Angola); “Diplome de Médaille d´Or” (da Societé Acadêmique de Arts, Sciences et Lettres de Paris), “Extraordinary Contribuition to Brazilian Culture and Positive Image” (concedida no 9th Annual Brazilian International Press Award, Flórida); “Personalidade Negra das Artes” (Conselho Internacional de Mulheres); e “A Voz da América” (ONU).

Conectada com a atualidade, como não poderia deixar de ser, a artista possui um total de quase 3 milhões de seguidores em suas redes sociais: 1,9 milhão, no Instagram; 894 mil, no Facebook; e 196,9 mil, no X (antigo Twitter).

Criada ao som de grandes cantores nacionais e internacionais de sua época, Alcione sempre transitou entre os variados gêneros e estilos musicais: samba, jazz, bolero, reggae e canção romântica são alguns deles. Apesar de ser tratada como sambista, adora gravar e interpretar o que lhe convém e emociona. Imensurável, a galeria de hits tem, entre outros, “Não Deixe o Samba Morrer”, “Sufoco”, “Você Me Vira a Cabeça” e “A Loba”.

A Cantora Popular, que, durante a pandemia, lançou um álbum de inéditas chamado “Tijolo por Tijolo”, está radiante com tantas homenagens. “São flores em vida. Jamais imaginei receber tamanho carinho, ainda mais, vindo de tantas instituições, pessoas tão diferentes e por todos os cantos do planeta”, disse Marrom.

foto Vinicius Mochizuki