Depois do sucesso de “Teresa canta Cartola”, Teresa Cristina lança seu novo trabalho, com direção musical de Caetano Veloso, homenageando um dos maiores e mais importantes artistas da música popular brasileira: Noel Rosa, com o show: Teresa Cristina canta Noel: “Batuque é um privilégio”. O eterno poeta da Vila Isabel é o segundo, na trilogia proposta em homenagem aos grandes sambistas do Brasil, em que Teresa Cristina dá voz à obra de um grande compositor, acompanhada por Carlinhos sete cordas, com arranjo bem pessoal.
“Noel é o elo entre o samba do morro e o samba do asfalto. A cara do Rio de Janeiro” comenta Teresa sobre o poeta. “O Batuque é um privilégio sim, e fez com que a música brasileira tenha o viés de hoje. Esse verso traduz muito sobre a importância de suas letras para o samba. Essa influência ancestral misturada à melodia e a poesia de seus versos, isso faz total diferença na construção da sua identidade”. Aponta a artista, sobre o nome do espetáculo.
Premiada e reconhecida entre as vozes de maior destaque no samba do Rio de Janeiro, Teresa retorna aos palcos com um repertório de vários sucessos do sambista, entre eles: “Com que Roupa”, “Feitio de Oração” e “Gago Apaixonado”. “Nesse repertório escolhi músicas que têm a ver comigo, com as quais me identifico. Me chamou atenção: O Rio de Janeiro, os cabarés, a malandragem, a mulher, a relação homem x mulher, a maneira como ele via as coisas. O Brasil apontado em suas músicas detalha as situações sociais e políticas de uma época, ainda muito real, mas que fez diferença e deu a cara do que é o samba hoje.” Conclui Teresa.
Apresentada por Caetano Veloso, em seu último trabalho, a turnê “Teresa canta Cartola” percorreu pelo Brasil, América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, em mais de cinquenta apresentações, batendo recorde de bilheteria, lotando teatros e resgatando o que há de melhor no samba: a alegria e o sentimento. O álbum foi lançado internacionalmente pelo selo norte-americano “Nonesuch”, recebeu críticas internacionais, como no The New York Times, e foi indicado ao prêmio da Música Brasileira 2017, na categoria de Melhor Cantora de Samba, somando as diversas outras premiações da artista, que hoje consagrada, desafia levar aos palcos a poesia e a arte de um sambista que fez da música, a identidade de um gênero musical.